Fotomontagem Terra Brasilis
Por DiAfonso [No Terra Brasilis]
O jornalista Merval Pereira, recém-eleito membro da Academia Brasileira de Letras, bem que poderia fazer jus ao fardão que lhe foi “outorgado” sabe-se lá por quais critérios literários [se é que me entendem].
Em artigo intitulado “A ficção do Amaury” – em que tece críticas ao conteúdo do livro“A Privataria Tucana” e defende, nas entrelinhas, a omissão da “grande imprensa” na divulgação da obra do também jornalista Amaury Ribeiro Jr. -, o Merval se “desvia” do que é posto como padrão “culto” para as situações formais de comunicação e expressão em língua portuguesa.
Assim é que algumas normas são “quebradas”, a ambiguidade surge em algum momento e a “limitação” vocabular se faz presente em outro. Tudo isso denuncia o “acadêmico” Merval Pereira como um verdadeiro relaxado no trato com a língua dita “culta”. A seguir, as minhas observações e os meus comentários. Claro que não dá para me comparar ao Merval. Eu, coitado, sou da Acadêmía Brazilêra de Lêtra:
A leitura do segmento “suas denúncias” traz um sabor de… de que, mesmo? Já nem sei… da mesma forma que não sei se as denúncias são dos “novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca” ou do “Amaury Ribeiro Jr”. Brincadeirinha. O contexto nos dá o caminho para o referente que, neste caso, seria o próprio “Amaury Ribeiro Jr”. Agora que o Merval, membro da ABL, poderia ter evitado essa ambiguidade… Ah, poderia!
Embora não esteja “obrigado” a fazer uso da nova ortografia, o Merval escreve “idéia” e não segue a nova orientação ortográfica [aqui]. Será que os acadêmicos da ABL, eminências da língua “correta”, estão ainda usando a ortografia anterior? Se não estiverem, Merval, você será chamado às falas… Com aquela gente não se brinca em matéria de língua padrão… Tô logo avisano…
Óia a vírgula, Merval! Óia a vírgula! A oração coordenada explicativa ["pois alegam"] “abriu vaga” para uma intercalada de valor semântico temporal [alguns atribuem ao conectivo "enquanto" um valor de simultaneidade temporal]. Ponha a vírgula adispois do “pois”, hômi!
Xiiii… Acho que, na pressa em escrever o artigo para defender a tucanada, o Merval deu um espaço e separou “por que”. Não seria “porque”, Merval? Vêji isso aí, diretim… Eu tenho cá pra mim que esse “por que” se ajunta, visse?!?!
Merval, fique tranquilo, pois o uso que você fez de “tranqüilo” já foi discutido acima… A nova ortografia, certo?!?!…
Óia a vírgula, Merval! Óia a vírgula! Esse não é o momento adequado para usá-la, hômi de deusi! A oração “se tem provas” é complemento verbal de “verificar”, assim como“se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações”. Como se nota, a última oração do parágrafo, introduzida pela coordenativa “e”, funciona, sintaticamente, como objeto direto [dizem os doutos da norma padrão que não se separa complemento verbal de seu verbo por vírgula.]. Ah… o uso da vírgula foi para dar ênfase?! Questão de estilo… é isso?!?! Sei não, sei não… Bom… de quarqué modo, vêji isso tamém, visse, Merval?!?!
Pô, Merval! Um minidicionário – daqueles escolares – teria dado uma força para evitar a repetição da palavra “falcatruas”! Aqui, nada demais, sabe, Merval… Mas o povo que entende dessas coisas de língua padrão e indicetra e tá pode achar que você está com o vocabulário meio comprometido. Sugerirão alguns que roubalheira cairia bem no lugar da segunda ocorrência da palavra “falcatruas”… Ah, mas é que, no governo Collor, foram muitas “falcatruas”, né? Assim como foi, no caso das privatizações no governo FHC… Como é que eu não saquei isso! Você vai mi adiscurpando aí, visse, Meval?! É que, às vêiz, a gente se impóga e tal…
Óia a vírgula, Merval! “Será o binidito!”! Vêji que o sujeito de “transformou-se” é o mesmo de “desencadeou” – “Roberto Jerfferson”. Desse modo, Merval, não haveria o uso da tal vírgula para separar as orações construídas em torno dos referidos verbos, a menos que… peraí, peraí… ah, já sei… Você pensou que a oração iniciada por “de quem…” tivesse caráter explicativo, não foi?!?! Mas ela não tem, né?!?! Então, apague essa vírgula aí tamém, hômi!
Minha nossinhora, Merval Pereira! A vírgula de novo, hômi!!! Pela última vez: a gente não viu aí in riba* que não se separa complementos verbais de seu verbo por vírgula? O mesmo se dá com o sujeito e o seu verbo. Eles não gostam de vírgula atrapalhando a relação. Nisso eles têm razão: quem já se viu uma vírgula se metendo onde não é chamada? Desse modo, bote pra correr a vírgula adispois de “Amaury Ribeiro Jr”!
Rapaz… Eu num tô acreditando, não! Merval!… A vírgula… Meu deus do céu! Óia, Merval, eu não vou tá mais aqui falano de vírgula, não, visse! Chega! Mas, ainda assim, eu vou dizer… Eu sou chato: Ô, misera! Há um tal de paralelismo sintático em “não apenas”… “mas”. Apois bote uma vírgula adipois da mulesta dessa palavra “TCU”!
* Vêiz em quando, Merval, é sempre bom usar um latim nordestino – não é o de Roma, não, visse?!?! Só para você entender, caso não saiba, pois agora tá todo chique… é da Academia Brasileira de Letras, né?!?!: “in riba” significa “pras bandas de cima”.
Este artigo foi escrito por
DiAfonso
que é autor de 85 artigos no Ponto e Contraponto.
Nascido sob o signo dos que, em silêncio, tecem a vida doada por vontade divina. Apaixonado, desmedidamente, por meus filhos [Diego, Victor Hugo, Renann, Hannah Clara e Sophia Rachel]. Solidário porque não se deve e não se pode viver só. Admirador incansável da Natureza que me rodeia. Ah!... Música... Música é muito bom!!! Ademais... poeta, escritor, caçador de palavras que me ajudem a dizer o não-dito. [Editor-geral do Terra Brasilis/Terra Brasilis Educacional/Spiritus e coeditor do Blog da Dilma]
Fonte: ARTIGO ORIGINAL - Ponto e Contraponto
Email: diafonsoport11@yahoo.com.br
* Vêiz em quando, Merval, é sempre bom usar um latim nordestino – não é o de Roma, não, visse?!?! Só para você entender, caso não saiba, pois agora tá todo chique… é da Academia Brasileira de Letras, né?!?!: “in riba” significa “pras bandas de cima”.
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Nascido sob o signo dos que, em silêncio, tecem a vida doada por vontade divina. Apaixonado, desmedidamente, por meus filhos [Diego, Victor Hugo, Renann, Hannah Clara e Sophia Rachel]. Solidário porque não se deve e não se pode viver só. Admirador incansável da Natureza que me rodeia. Ah!... Música... Música é muito bom!!! Ademais... poeta, escritor, caçador de palavras que me ajudem a dizer o não-dito. [Editor-geral do Terra Brasilis/Terra Brasilis Educacional/Spiritus e coeditor do Blog da Dilma]
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