terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Recursos textuais

A função endofórica pode ser classificada em anafórica ou catafórica (estudaremos cada função separadamente). Já a função exofórica é mais conhecida como dêitica (ou díctica). Mas qual é a diferença entre endofórica e exofórica? A resposta é bastante simples! Basta atentarmos aos prefixos formadores dos conceitos:

Endo – prefixo grego que significa “dentro”.
Exo – prefixo grego que significa “fora”.


Ora, como estamos tratando de recursos textuais, concluiremos que as palavras com função endofórica se relacionam com termos do próprio texto. Já as exofóricas trazem algo de fora para dentro do texto.

Entendidos os conceitos, passemos à análise de cada função:

Anafórica
Em primeiro lugar, gostaria de alertar para o fato de que “anáfora” pode ser também uma figura de linguagem, que consiste na repetição da mesma palavra no início de várias frases. Não precisam se preocupar, pois a função anafórica está relacionada a este conceito.

Uma palavra anafórica tem a função de retomar algo (não necessariamente uma palavra) já mencionado no texto, muitas vezes a fim de evitar repetições desnecessárias ou viciosas.

O exemplo mais comum de anáfora é um dos usos dos pronomes demonstrativos:

Exemplo: Farei duas provas em agosto, a do ICMS-RJ e a do ICMS-SP. Prefiro passar naquela a nesta, pois moro no Rio de Janeiro.ICMS-RJ = (n)aquela; ICMS-SP = (n)esta.

Outro exemplo para ilustrar essa função é o uso do pronome relativo “que” e suas variações, retomando um termo anterior.

Exemplo: Ainda não li o texto que ele escreveu.
texto = que (Ainda não li o texto / Ele escreveu o texto) Catafórica.

Já a palavra catafórica tem a função de antecipar algo que ainda será dito ou escrito. Nesse caso, não haverá repetição, pois a palavra irá apresentar a ideia. O exemplo mais comum (e mais cobrado pela FGV) é o pronome demonstrativo que faz referência a um aposto.

Exemplo: Nosso objetivo é este: passar em um bom concurso.
este = passar em um bom concurso

Da mesma forma que o relativo “que” faz referência a um termo anterior, o “cujo” se refere a um termo que ainda será explicitado na frase.

Exemplo: Conheço uma menina cujo pai é auditor da Receita.

cujo = pai

Dêitica
A função dêitica, às vezes chamada de díctica, é aquela que faz a referência exofórica, sendo responsável por localizar algo no tempo ou no espaço.

“Como assim Diego?!”
Ora, prestem atenção na seguinte frase: Aqui está muito frio.
Onde eu estou?

Bom leitor, a sua resposta deverá ser: “Não sei! Só sei que estava frio no lugar em que você escreveu o texto”. Exatamente, até porque, no momento que vocês estão lendo o texto, eu não estou mais “aqui”.

Acabamos de ver um exemplo de referência espacial, ou seja, uma palavra (no caso, o advérbio “aqui”) que traz uma ideia de fora para este texto.

O mesmo acontece com advérbios de tempo.
Por exemplo, se eu disser que ontem fui ao cinema (mentira, fiquei em casa estudando...), vocês precisarão saber em que data eu escrevi o texto, aí sim, poderão identificar o referente do advérbio de tempo.

É interessante fazer uma relação entre os dêiticos e a passagem do discurso direto para o indireto (outro assunto que a FGV gosta de cobrar), pois a alteração deles é normalmente necessária.

Exemplo: se eu escrever o seguinte na data de hoje: na semana que vem, comprarei alguns livros.

Vocês terão uma semana para ler a frase com seu sentido original. A partir da próxima semana, a frase correta será:
Diego escreveu que compraria alguns livros na semana seguinte.

O maior problema não é esse, mas sim a possibilidade de pronomes demonstrativos exercerem função dêitica. Vou explicar a diferença da seguinte forma:

Imaginem que estamos frente a frente, eu e você, caro(a) leitor(a). Mas não estamos sozinhos, há duas meninas a mais, uma ao meu lado, a outra ao seu lado.

Suponhamos que eu diga: Essa é a minha irmã.
Estou falando da menina ao meu ou ao seu lado?
Haveria diferença se eu dissesse “Esta é a minha irmã.” ?
Ou então “Aquela é a minha irmã.” ?

A resposta é sim! Há diferença em cada uma das frases, pois a referência espacial de cada pronome é diferente.

Essa é a minha irmã : minha irmã está ao seu lado.
Esta é a minha irmã: minha irmã está ao meu lado.

Aquela é a minha irmã: minha irmã não está ao meu lado, muito menos ao seu. Ela está longe de mim e longe de você.

Percebam que não é fácil explicar em texto algo que está fora dele. Espero ter criado um bom exemplo.


(Texto original: Professor José Bonifácio - DICAS DE PORTUGUÊS no facebook com adaptações)

Portuguese for foreigners - Português para estrangeiros

DICAS DE CURSOS E SITES DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS:

PROGAMA DE ENSINO E PESQUISA PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS (UnB)

Situada na capital federal, a Universidade de Brasília (UnB) tem recebido, desde a sua fundação, não apenas os alunos da comunidade diplomática, mas também os oriundos de convênios firmados com diversas universidades estrangeiras e de acordos bilaterais entre o Brasil e países da América Latina, Caribe e África.

Tendo em vista atender a essa importante demanda, a Universidade de Brasília definiu sua política em relação aos estudantes estrangeiros quando a área de Português para Falantes de Outras Línguas passou a ser parte integrante da graduação, da extensão e da pesquisa. A UnB se consolidou como a única Instituição de Ensino Superior a incluir no seu ementário duas disciplinas optativas – Português para Estrangeiros I e II, ofertadas, desde 1989, pelo Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (LET), a todos os estudantes estrangeiros regularmente matriculados nos cursos de graduação. É também a única universidade a desenvolver um programa alicerçado no modelo universitário que alia pesquisa, ensino e extensão.
Assim, o Programa de Ensino e Pesquisa em Português para Falantes de Outras Línguas – PEPPFOL – oferece cursos de Português a toda a comunidade estrangeira da capital federal e a alunos conveniados. Desenvolve, também, projetos de Formação Inicial Continuada para os alunos brasileiros dos cursos de Letras da UnB, além de realizar pesquisas nas áreas de ensino-aprendizagem da língua portuguesa e da cultura brasileira, de formação de professores e da inserção de novas tecnologias da comunicação (TIC) para o ensino de português a falantes de outras línguas.
Atualmente, o quadro docente do PEPPFOL é composto pelas Professoras Percília Lopes Cassemiro dos Santos, Christiane Moisés Martins. Contamos, também, com professores colaboradores – externos à Universidade de Brasília – e com os alunos-bolsistas do Projeto de Formação Inicial em Português para Falantes de Outras Línguas.

Esta é apenas uma rápida visão deste Programa. Nas outras sessões os internautas encontrarão informações mais detalhadas sobre todas as atividades desenvolvidas pelo PEPPFOL, desde a oferta de cursos de português até a aplicação do exame padronizado para a obtenção do CELPE-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros, variedade brasileira).


NO RIO DE JANEIRO:

Concurso para o SENADO FEDERAL

(Originalmente publicado no CORREIO BRAZILIENSE)

O Senado Federal abriu nesta segunda-feira (26/12) o período de inscrições do concurso público com oferta de 246 oportunidades para profissionais de níveis médio e superior. As remunerações variam entre R$ 13.833,64 e R$ 23.826,57.

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico www.fgv.br/fgvprojetos/concursos/senado11 até o fim do dia 5 de fevereiro de 2012. A taxa de participação varia de acordo com o cargo de interesse do candidato; os valores vão de R$ 180 a R$ 200.

O certame foi dividido em quatro editais, com cargos nas áreas de consultoria e assessoramento legislativo, consultoria e assessoramento em orçamentos; apoio técnico ao processo legislativo; apoio técnico-administrativo; controle interno; saúde e assistência social; instalações, equipamentos, ocupação e ambientação de espaço físico; redação e revisão de texto gráfico; comunicação social; e tecnologia da informação, entre outras.

Do número total de vagas oferecidas, 5% são destinadas para candidatos portadores de deficiência. As avaliações variam de acordo com o edital. O resultado final das seleções tem data prevista para ser divulgado no dia 11 de março de 2012, com exceção do edital nº 4, que deve sair no dia 29 de agosto de 2012.


Veja dicas para passar em concurso público: AQUI.

NOTÍCIA DA RETIFICAÇÃO DO EDITAL DO CONCURSO PARA O SENADO FEDERAL
(Publicado no site R7 em 27/12/2011)

O Senado decidiu retificar o edital do concurso para consultor legislativo lançado na semana passada. A Casa reconheceu haver "inconsistências" nos conteúdos programáticos e diz já ter pedido à Fundação Getúlio Vargas solução para o problema. Levantamento dos sites Congresso em Foco e SOS Concurseiro mostrou que parte do conteúdo foi copiada de um edital de dez anos atrás.

Em nota divulgada hoje, o presidente da comissão do concurso público do Senado, Davi Anjos Paiva, admitiu o problema. "A Comissão do Concurso Público detectou inconsistências nos conteúdos programáticos para o cargo de Consultor Legislativo. Ato contínuo, contatou a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela elaboração dos editais, e cobrou solução rápida para o problema", diz trecho. Segundo ele, a alteração deve ser feita nos próximos dias. "Desde que foi avisada, a Fundação Getúlio Vargas trabalha para aprimorar os conteúdos programáticos, que serão alvo de edital de retificação a ser publicado em breve".

Segundo o levantamento feito pelos sites, o edital repete uma prova de 2001 elaborada pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). Em 2008, a fundação já tinha sido acusada de plágio ao organizar prova para ingresso no Senado.

A nova repetição de conteúdos torna a prova desatualizada. No item agricultura, para candidatos a consultores, por exemplo, são descritas as crises da Rússia e da Argentina - de 1998 - e seus reflexos na economia brasileira. Também são cobradas legislações que não existem mais. O concurso do Senado de 2012 oferece 246 vagas, com salários de R$ 13,8 mil a R$ 23,8 mil. A FGV receberá o valor arrecadado com as taxas de inscrição - o que pode chegar a R$ 15 milhões.


Veja também: 
"FGV fará modificações em edital de concurso do Senado - Parte do conteúdo da prova é igual ao do edital de 2001. São 104 vagas de nível médio e 142 vagas de nível superior."
 ( AQUI )

8 passos para passar em um concurso público - Planejar os estudos, investir em material e adotar técnicas de estudo são algumas dicas

(Texto originalmente publicado na revista EXAME  em 22/12/2011)

São Paulo – A estabilidade profissional, bons salários são alguns dos principais atrativos do setor público. Como muitos concurseiros sabem, para alcançar uma das muitas oportunidades disponíveis no mercado é preciso muito mais do que disciplina e dedicação.

“Para quem assinalou no plano de metas para 2012 ‘passar em um concurso público’, há muitos concursos previstos para o ano que vem: INSS, Polícia Federal, Ministério da Ciência e Tecnologia, Senado Federal, etc”, afirma William Douglas, juiz e autor de livros especializados em concursos públicos.

Escolha um local de estudos em que você possa estudar sem ser incomodado



Para Lia Salgado, fiscal de rendas do RJ, consultora de concursos públicos e autora do livro “Como vencer a maratona dos concursos públicos”, é válido que os interessados assumam o projeto e tenham consciência de que é uma maratona de estudos que só termina com a aprovação.

Confira abaixo os passos indicados por especialistas em concursos públicos:

1) Estabeleça seu objetivo:

“Por que você quer ser juiz se você nunca trabalhou no Fórum?”, pergunta Leonardo Pereira do Instituto IOB . Para ele, é preciso reunir informações com amigos ou em uma busca pela internet sobre a profissão.

Para Douglas, estabelecer objetivos não quer dizer definir prazos. “Tenha como objetivo ‘passar em um concurso público’. Se acontecer em 2012, excelente! Se não, continue estudando”, explica.

2) Escolha uma área:

De acordo com Lia, a vantagem de escolher uma área de concurso – banco, polícia, fiscal – é que há um conjunto de matérias em comum e o candidato pode estudar mesmo sem o edital publicado.

“Comece os estudos pelas disciplinas que caem nessa área, pois é um estudo que não se perde”, explica Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso.

3) Planeje seus estudos:

Determine quantas horas do seu dia podem ser dedicadas para os estudos. É importante pôr no papel as horas gastas com o trabalho (se tiver), lazer, refeições, e depois calcular quantas horas por dia podem ser dedicadas exclusivamente aos livros.

Pereira afirma que é preciso também definir qual disciplina será estudada, para isso é indispensável estudar o edital e definir quanto tempo o candidato gasta, em média, para fechar as matérias.

4) Prepare o ambiente de estudos:

Não importa o tamanho do ambiente, o local precisa ser sossegado e que tenha tudo o que você precisa estudar sempre à mão. “O importante é que deve ser um local onde o candidato consiga se concentrar”, diz Douglas.

5) Reúna o material adequado: escolha bons cursos e livros:

“Tem curso presencial ou via internet voltados para concurso público”, diz Lia.

Para Douglas, estudar com apostilas é uma alternativa, mas estas nem sempre possuem a matéria atualizada. “Se o candidato não tem condições financeiras para comprar todo o material é possível pegar emprestado em bibliotecas públicas ou mesmo na internet”, explica.

6) Adote técnicas de estudo:

Para os especialistas existem técnicas que ajudam o concurseiro a transformar a matéria em mapas mentais e condicionar o cérebro para que este consiga guardar e lembrar do conteúdo estudado.

Lia ressalta que cada um se adapta a técnica que for adequada, mas é recomendável fazer exercícios didáticos, revisão, provas anteriores e simulados.

7) Cuide da saúde:

“Quanto menos ‘vida’ o candidato tiver, mais difícil será de se dedicar os estudos e isso acaba sendo um motivo para desistir do objetivo e do planejamento”, diz Estrella.

Fazer atividade física, ter uma alimentação diária balanceada e o mais importante, de acordo com Lia é a qualidade do sono. O rendimento nos estudos está diretamente associado a capacidade do organismo de lidar com o stress.

8)  Atualize o planejamento:

Acompanhar os editais e atualizar o planejamento de estudos é essencial para que as matérias, principalmente as específicas não acumulem. Lia diz que não se deve abandonar nenhuma matéria, a não ser que tenha passado no concurso.

domingo, 25 de dezembro de 2011

O PERFEITO IMBECIL POLITICAMENTE INCORRETO

Em 1996, três jornalistas –entre eles o filho do Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, Álvaro –lançaram com estardalhaço o “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”. Com suas críticas às idéias de esquerda, o livro se tornaria uma espécie de bíblia do pensamento conservador no continente. Vivia-se o auge do deus mercado e a obra tinha como alvo o pensamento de esquerda, o protecionismo econômico e a crença no Estado como agente da justiça social. Quinze anos e duas crises econômicas mundiais depois, vemos quem de fato era o perfeito idiota.



Mas, quem diria, apesar de derrotado pela história, o Manual continua sendo não só a única referência intelectual do conservadorismo latino-americano como gerou filhos. No Brasil, é aquele sujeito que se sente no direito de ir contra as idéias mais progressistas e civilizadas possíveis em nome de uma pretensa independência de opinião que, no fundo, disfarça sua real ideologia e as lacunas em sua formação. Como de fato a obra de Álvaro e companhia marcou época, até como homenagem vamos chamá-los de “perfeitos imbecis politicamente incorretos”. Eles se dividem em três grupos:

1. o “pensador” imbecil politicamente incorreto: ataca líderes LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trânsgeneros) e defende homofóbicos sob o pretexto de salvaguardar a liberdade de expressão. Ataca a política de cotas baseado na idéia que propaga de que não existe racismo no Brasil. Além disso, ações afirmativas seriam “privilégios” que não condizem com uma sociedade em que há “oportunidades iguais para todos”. Defende as posições da Igreja Católica contra a legalização do aborto e ignora as denúncias de pedofilia entre o clero. Adora chamar socialistas de “anacrônicos” e os guerrilheiros que lutaram contra a ditadura de “terroristas”, mas apoia golpes de Estado “constitucionais”. Um torturado? “Apenas um idiota que se deixou apanhar.” Foge do debate de idéias como o diabo da cruz, optando por ridicularizar os adversários com apelidos tolos. Seu mote favorito é o combate à corrupção, mas os corruptos sempre estão do lado oposto ao seu. Prega o voto nulo para ocultar seu direitismo atávico. Em vez de se ocupar em escrever livros elogiando os próprios ídolos, prefere a fórmula dos guias que detonam os ídolos alheios –os de esquerda, claro. Sua principal característica é confundir inteligência com escrever e falar corretamente o português.

2. o comediante imbecil politicamente incorreto: sua visão de humor é a do bullying. Para ele não existe o humor físico de um Charles Chaplin ou Buster Keaton, ou o humor nonsense do Monty Python: o único humor possível é o que ri do próximo. Por “próximo”, leia-se pobres, negros, feios, gays, desdentados, gordos, deficientes mentais, tudo em nome da “liberdade de fazer rir.” Prega que não há limites para o humor, mas é uma falácia. O limite para este tipo de comediante é o bolso: só é admoestado pelos empregadores quando incomoda quem tem dinheiro e pode processá-los. Não é à toa que seus personagens sempre estão no ônibus ou no metrô, nunca num 4X4. Ri do office-boy e da doméstica, jamais do patrão. Iguala a classe política por baixo e não tem nenhum respeito pelas instituições: o Congresso? “Melhor seria atear fogo”. Diz-se defensor da democracia, mas adora repetir a “piada” de que sente saudades da ditadura. Sua principal característica é não ser engraçado.

3. o cidadão imbecil politicamente incorreto: não se sabe se é a causa ou o resultados dos dois anteriores, mas é, sem dúvida, o que dá mais tristeza entre os três. Sua visão de mundo pode ser resumida na frase “primeiro eu”. Não lhe importa a desigualdade social desde que ele esteja bem. O pobre para o cidadão imbecil é, antes de tudo, um incompetente. Portanto, que mal haveria em rir dele? Com a mulher e o negro é a mesma coisa: quem ganha menos é porque não fez por merecer. Gordos e feios, então, era melhor que nem existissem. Hahaha. Considera normal contar piadas racistas, principalmente diante de “amigos” negros, e fazer gozação com os subordinados, porque, afinal, é tudo brincadeira. É radicalmente contra o bolsa-família porque estimula uma “preguiça” que, segundo ele, todo pobre (sobretudo se for nordestino) possui correndo em seu sangue. Também é contrário a qualquer tipo de ação afirmativa: se a pessoa não conseguiu chegar lá, problema dela, não é ele que tem de “pagar o prejuízo”. Sua principal característica é não possuir ideias além das que propagam os “pensadores” e os comediantes imbecis politicamente incorretos.

(Cynara Menezes -  CARTA CAPITAL -25/12/11)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Teleco, o coelhinho [Murilo Rubião]

- Moço, me dá um cigarro?

A voz era sumida, quase um sussurro. Permaneci na mesma posição em que me encontrava, frente ao mar, absorvido com ridículas lembranças.

O importuno pedinte insistia:

- Moço, oh! moço! Moço, me dá um cigarro?

Ainda com os olhos fixos na praia, resmunguei:

- Vá embora, moleque, senão chamo a polícia.

- Está bem, moço.Não se zangue. E, por favor, saia da minha frente, que eu também gosto de ver o mar.

Exasperou-me a insolência de quem assim me tratava e virei-me, disposto a escorraçá-lo com um pontapé. Fui desarmado, entretanto. Diante de mim estava um coelhinho cinzento, a me interpelar delicadamente:

- Você não dá é porque não tem, não é, moço?

O seu jeito polido de dizer as coisas comoveu-me. Dei-lhe o cigarro e afastei-me para o lado, a fim de que melhor ele visse o oceano. Não fez nenhum gesto de agradecimento, mas já então conversávamos como velhos amigos. Ou, para ser mais exato, apenas o coelhinho falava. Contava-me acontecimentos extraordinários, aventuras tamanhas que o supus com mais idade do que realmente aparentava.

Ao fim da tarde, indaguei onde ele morava. Disse não ter morada certa. A rua era o seu pouso habitual. Foi nesse momento que reparei nos seus olhos. Olhos mansos e tristes. Deles me apiedei e convidei-o a residir comigo. A casa era grande e morava sozinho - acrescentei.

A explicação não o convenceu. Exigiu-me que revelasse minhas reais intenções:

- Por acaso, o senhor gosta de carne de coelho?




Não esperou pela resposta:

- Se gosta, pode procurar outro, porque a versatilidade é o meu fraco.

Dizendo isto, transformou-se numa girafa.

- À noite - prosseguiu - serei cobra ou pombo. Não lhe importará a companhia de alguém tão instável?

Respondi que não e fomos morar juntos.

Chamava-se Teleco.

Depois de uma convivência maior, descobri que a mania de metamorfosear-se em outros bichos era nele simples desejo de agradar ao próximo. Gostava de ser gentil com crianças e velhos, divertindo-os com hábeis malabarismos ou prestando-lhes ajuda. O mesmo cavalo que, pela manhã, galopava com a gurizada, à tardinha, em lento caminhar, conduzia anciãos ou inválidos às suas casas.

Não simpatizava com alguns vizinhos, entre eles o agiota e suas irmãs, aos quais costumava aparecer sob a pele de leão ou tigre. Assustava-os mais para nos divertir que por maldade. As vítimas assim não entendiam e se queixavam à polícia, que perdia o tempo ouvindo as denúncias. Jamais encontraram em nossa residência, vasculhada de cima a baixo, outro animal além do coelhinho. Os investigadores irritavam-se com os queixosos e ameaçavam prendê-los.

Apenas uma vez tive medo de que as travessuras do meu irrequieto companheiro nos valessem sérias complicações. Estava recebendo uma das costumeiras visitas do delegado, quando Teleco, movido por imprudente malícia, transformou-se repentinamente em porco-do-mato. A mudança e o retorno ao primitivo estado foram bastante rápidas para que o homem tivesse tempo de gritar. Mal abrira a boca, horrorizado, novamente tinha diante de si um pacífico coelho:

- O senhor viu o que eu vi?

Respondi, forçando uma cara inocente, que nada vira de anormal.

O homem olhou-me desconfiado, alisou a barba e, sem despedir, ganhou a porta da rua.

A mim também pregava-me peças. Se encontrava vazia a casa, já sabia que ele estava escondido em algum canto, dissimulado em algum pequeno animal. Ou mesmo no meu corpo, sob a forma de pulga, fugindo-me dos dedos, correndo pelas minhas costas. Quando começava a me impacientar e pedia-lhe que parasse com a brincadeira, não raro levava tremendo susto. Debaixo das minhas pernas crescera um bode que, em disparada, me transportava até o quintal. Em me enraivecia, prometia-lhe uma boa surra. Simulando arrependimento, Teleco dirigia-me palavras afetuosas e logo fazíamos as pazes.

No mais, era o amigo dócil, que nos encantava com inesperadas mágicas. Amava as cores e muitas vezes surgia transmudado em ave que possuía todas e de espécie totalmente desconhecida ou de raça extinta.

- Não existe pássaro assim!

- Sei. Mas seria insípido disfarçar-me somente em animais conhecidos.

O primeiro atrito grave que tive com Teleco ocorreu com um ano após nos conhecermos. Eu regressava da casa da minha cunhada Emi, com quem discutira asperamente sobre negócias de família. Vinha mal-humorado e a cena que deparei, ao abrir a porta da entrada, agravou minha irritação. De mãos dadas, sentados no sofá da sala de visitas, encontravam-se uma jovem mulher e um mofino canguru. As roupas dele eram mal talhadas, seus olhos se escondiam por trás de uns óculos de metal ordinário.

- O que deseja a senhora com esse horrendo animal? - perguntei, aborrecido por ver minha casa invadida por estranhos.

- Eu sou Teleco - antecipou-se, dando uma risadinha.

Mirei com desprezo aquele bicho mesquinho, de pêlos ralos, a denunciar subserviência e torpeza. Nada nele me fazia lembrar o travesso coelhinho.

Neguei-me a aceitar como verdadeira a afirmação, pois Teleco não sofria da vista e se quisesse apresentar-se vestido teria o bom gosto de escolher outros trajes que não aqueles.

Ante a minha incredulidade, transformou-se numa perereca. Saltou por cima dos móveis, pulou no meu colo. Lancei-o longe, cheio de asco.

Retomando a forma de canguru, inquiriu-me, com um ar bastante grave:

- Basta esta prova?

- Basta. E daí? O que você quer?

- De hoje em dia serei apenas homem.

- Homem? - indaquei atônito. Não resisti ao ridículo da situação e dei uma gargalhada:

- E isso? - apontei para a mulher. - É uma lagartixa ou um filhote de salamandra?

Ela me olhou com raiva. Quis retrucar, porém ele atalhou:

- É Tereza. Veio morar conosco. Não é linda?

Sem dúvida, linda. Durante a noite, na qual me faltou o sono, meus pensamentos giravam em torno dela e da cretinice de Teleco em afirmar-se homem.

Levantei-me de madrugada e me dirigi à sala, na expectativa de que os fatos do dia anterior não passassem de mais um dos gracejos do meu companheiro.

Enganava-me. Deitado ao lado da moço, no tapete do assoalho, o canguru ressonava alto. Acordei-o, puxando-o pelos braços:

- Vamos, Teleco, chega de trapaça.

Abriu os olhos, assustado, mas, ao reconhecer-me, sorriu:

- Teleco?! Meu nome é Barbosa, Antônio Barbosa, não é, Tereza?

Ela, que acabara de despertar, assentiu, movendo a cabeça.

Explodi, encolerizado:

- Se é Barbosa, rua! E não me ponha mais os pés aqui, filho de um rato!

Desceram-lhe as lágrimas pelo rosto e, ajoelhado, na minha frente, acariciava minhas pernas, pedindo-me que não o expulsasse de casa, pelo menos enquanto procurava emprego.

Embora encarasse com ceticismo a possibilidade de empregar-se um canguru, seu pranto demoveu-me da decisão anterior, ou, para dizer a verdade toda, fui persuadido pelo olhar súplice de Tereza que, apreensiva, acompanhava o nosso diálogo.

Barbosa tinha hábitos horríveis. Amiúde cuspia no chão e raramente tomava banho, não obstante a extrema vaidade que o impelia a ficar horas e horas diante do espelho. Utilizava-se do meu aparelho de barbear, de minha escova de dentes e pouco serviu comprar-lhe esses objetos, pois continuou a usar os meus e os dele. Se me queixava do abuso, desculpava-se, alegando distração.

Também a sua figura tosca me repugnava. A pele era gordurosa, os membros curtos, a alma dissimulada. Não media esforços para me agradar, contando-me anedotas sem graça, exagerando nos elogios à minha pessoa.

Por outro lado, custava tolerar suas mentiras e, às refeições, a sua maneira ruidosa de comer, enchendo a boca de comida com o auxílio das mãos.

Talvez por ter-me abandonado aos encantos de Tereza, ou para não desagradá-la, o certo é que aceitava, sem protesto, a presença incômoda de Barbosa.

Se afirmava ser tolice de Teleco querer nos impor a sua falsa condição humana, ela me respondia com uma convicção desconcertante:

- Ele se chama Barbosa e é um homem.

O canguru percebeu o meu interesse pela sua companheira e, confundindo a minha tolerância como possível fraqueza, tornou-se atrevido e zombava de mim quando o recriminava por vestir minhas roupas, fumar dos meus cigarros ou subtrair dinheiro do meu bolso.

Em diversas ocasiões, apelei para a sua frouxa sensibilidade, pedindo-lhe que voltasse a ser coelho.

- Voltar a ser coelho? Nunca fui bicho. Nem sei de quem você fala.

- Falo de um coelhinho cinzento e meigo, que costumava se transformar em outros animais.

Nesse meio tempo, meu amor por Tereza oscilava por entre pensamentos sombrios, e tinha pouca esperança de ser correspondido. Mesmo na incerteza, decidi propor-lhe casamento.

Fria, sem rodeios, ela encerrou o assunto:

- A sua proposta é menos generosa do que você imagina. Ele vale muito mais.

As palavras usadas para recusar-me convenceram-me de que ela pensava explorar de modo suspeito as habilidades de Teleco.

Frustrada a tentativa do noivado, não podia vê-los juntos e íntimos, sem assumir uma atitude agressiva.

O canguru notou a mudança no meu comportamento e evitava os lugares onde me pudesse encontrar.

Uma tarde, voltando do trabalho, minha atenção foi alertada para um som ensurdecedor da eletrola, ligada com todo volume. Logo ao abrir a porta, senti o sangue a afluir-me à cabeça: Tereza e Barbosa, os rostos colados, dançavam um samba indecente.

Indignado, separei-os. Agarrei o canguru pela gola e, sacudindo-o com violência, apontava-lhe o espelho da sala:

- É ou não é um animal?

- Não, sou um homem! - E soluçava, esperneando, transido de medo pela fúria que via nos meus olhos.

À Tereza, que acudira, ouvindo seus gritos, pedia:

- Não sou um homem, querida? Fala com ele:

- Sim, amor, você é um homem.

Por mais absurdo que me parecesse, havia uma trágica sinceridade na voz deles. Eu me decidira, porém. Joguei Barbosa no chão e lhe esmurrei a boca. Em seguida, enxotei-os.

Ainda na rua, muito excitada, ela me advertiu:

- Farei de Barbosa um homem importante, seu porcaria!

Foi a última vez que os vi. Tive, mais tarde, vagas notícias de um mágico chamado Barbosa a fazer sucesso na cidade. À falta de maiores esclarecimentos, acreditei ser mera coincidência de nomes.

A minha paixão por Tereza se esfumara no tempo e voltara-me o interesse pelos selos. As horas disponíveis eu as ocupava com a coleção.

Estava, uma noite, precisamente colando exemplares raros recebidos na véspera, quando saltou, janela adentro, um cachorro. Refeito do susto, fiz menção de correr o animal. Todavia, não cheguei a enxotá-lo.

- Sou o Teleco, seu amigo - afirmou, com uma voz excessivamente trêmula e triste, transformando-se em uma cotia.

- E ela? - perguntei com simulada displicência.

- Tereza … - sem que concluísse a frase, adquiriu as formas de um pavão.

- Havia muitas cores … o circo … ela estava linda … foi horrível … - prosseguiu, chocalhando os guizos de uma cascavel.

Seguiu-se breve silêncio, antes que voltasse a falar:

- O uniforme … muito branco … cinco cordas … amanhã serei homem … - as palavras saíam-lhe espremidas, sem nexo, à medida que Teleco se metamorfoseava em outros animais.

Por um momento, ficou a tossir. Uma tosse nervosa. Fraca, a princípio, ela avultava com as mutações dele em bichos maiores, enquanto eu lhe suplicava que se aquietasse. Contudo ele não conseguia controlar-se.

Debalde tentava exprimir-se. Os períodos saltavam curtos e confusos.

- Pare com isso e fale mais calmo - insistia eu, impaciente com as suas contínuas transformações.

- Não posso - tartamudeava, sob a pele de um lagarto.

Alguns dias transcorridos, perdurava o mesmo caos. Pelos cantos, a tremer, Teleco se lamuriava, transformando-se seguidamente em animais os mais variados. Gaguejava muito e não podia alimentar-se, pois a boca, crescendo e diminuindo, conforme o bicho que encarnava na hora, nem sempre combinava com o tamanho do alimento. Dos seus olhos, então, escorriam lágrimas que, pequenas nos olhos miúdos de um rato, ficavam enormes na face de um hipopótamo.

Ante a minha impotência em diminuir-lhe o sofrimento, abraçava-me a ele, chorando. O seu corpo, porém, crescia nos meus braços, atirando-me de encontro à parede.

Não mais falava: mugia, crocitava, zurrava, guinchava, bramia, trissava.

Por fim, já menos intranquilo, limitava as suas transformações a pequenos animais, até que se fixou na forma de um carneirinho, a balir tristemente. Colhi-o nas mãos e senti que seu corpo ardia em febre, transpirava.

Na última noite, apenas estremecia de leve e, aos poucos, se aquietou. Cansado pela longa vigília, cerrei os olhos e adormeci. Ao acordar, percebi que uma coisa se transformara no meus braços. No meu colo estava uma criança encardida, sem dentes. Morta.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Haver - Vinicius de Moraes


O Haver

Vinicius de Moraes

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.

15/04/1962
A poesia acima foi extraída do livro "Jardim Noturno - Poemas Inéditos", Companhia das Letras - São Paulo, 1993, pág. 17.

Corrigindo o Merval Pereira em texto sobre a PRIVATARIA TUCANA

Óia a vírgula, Merval Pereira!!! Óia a vírgula, hômi!!!!

Fotomontagem Terra Brasilis


Por DiAfonso [No Terra Brasilis]
O jornalista Merval Pereira, recém-eleito membro da Academia Brasileira de Letras, bem que poderia fazer jus ao fardão que lhe foi “outorgado” sabe-se lá por quais critérios literários [se é que me entendem].

Em artigo intitulado “A ficção do Amaury” – em que tece críticas ao conteúdo do livro“A Privataria Tucana” e defende, nas entrelinhas, a omissão da “grande imprensa” na divulgação da obra do também jornalista Amaury Ribeiro Jr. -, o Merval se “desvia” do que é posto como padrão “culto” para as situações formais de comunicação e expressão em língua portuguesa.

Assim é que algumas normas são “quebradas”, a ambiguidade surge em algum momento e a “limitação” vocabular se faz presente em outro. Tudo isso denuncia o “acadêmico” Merval Pereira como um verdadeiro relaxado no trato com a língua dita “culta”. A seguir, as minhas observações e os meus comentários. Claro que não dá para me comparar ao Merval. Eu, coitado, sou da Acadêmía Brazilêra de Lêtra:



A leitura do segmento “suas denúncias” traz um sabor de… de que, mesmo? Já nem sei… da mesma forma que não sei se as denúncias são dos “novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca” ou do “Amaury Ribeiro Jr”. Brincadeirinha. O contexto nos dá o caminho para o referente que, neste caso, seria o próprio “Amaury Ribeiro Jr”. Agora que o Merval, membro da ABL, poderia ter evitado essa ambiguidade… Ah, poderia!

Embora não esteja “obrigado” a fazer uso da nova ortografia, o Merval escreve “idéia” e não segue a nova orientação ortográfica [aqui]. Será que os acadêmicos da ABL, eminências da língua “correta”, estão ainda usando a ortografia anterior? Se não estiverem, Merval, você será chamado às falas… Com aquela gente não se brinca em matéria de língua padrão… Tô logo avisano…


Óia a vírgula, Merval! Óia a vírgula! A oração coordenada explicativa ["pois alegam"] “abriu vaga” para uma intercalada de valor semântico temporal [alguns atribuem ao conectivo "enquanto" um valor de simultaneidade temporal]. Ponha a vírgula adispois do “pois”, hômi!

Xiiii… Acho que, na pressa em escrever o artigo para defender a tucanada, o Merval deu um espaço e separou “por que”. Não seria “porque”, Merval? Vêji isso aí, diretim… Eu tenho cá pra mim que esse “por que” se ajunta, visse?!?!

Merval, fique tranquilo, pois o uso que você fez de “tranqüilo” já foi discutido acima… A nova ortografia, certo?!?!…

Óia a vírgula, Merval! Óia a vírgula! Esse não é o momento adequado para usá-la, hômi de deusi! A oração “se tem provas” é complemento verbal de “verificar”, assim como“se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações”. Como se nota, a última oração do parágrafo, introduzida pela coordenativa “e”, funciona, sintaticamente, como objeto direto [dizem os doutos da norma padrão que não se separa complemento verbal de seu verbo por vírgula.]. Ah… o uso da vírgula foi para dar ênfase?! Questão de estilo… é isso?!?! Sei não, sei não… Bom… de quarqué modo, vêji isso tamém, visse, Merval?!?!


Pô, Merval! Um minidicionário – daqueles escolares – teria dado uma força para evitar a repetição da palavra “falcatruas”! Aqui, nada demais, sabe, Merval… Mas o povo que entende dessas coisas de língua padrão e indicetra e tá pode achar que você está com o vocabulário meio comprometido. Sugerirão alguns que roubalheira cairia bem no lugar da segunda ocorrência da palavra “falcatruas”… Ah, mas é que, no governo Collor, foram muitas “falcatruas”, né? Assim como foi, no caso das privatizações no governo FHC… Como é que eu não saquei isso! Você vai mi adiscurpando aí, visse, Meval?! É que, às vêiz, a gente se impóga e tal…

Óia a vírgula, Merval! “Será o binidito!”! Vêji que o sujeito de “transformou-se” é o mesmo de “desencadeou” – “Roberto Jerfferson”. Desse modo, Merval, não haveria o uso da tal vírgula para separar as orações construídas em torno dos referidos verbos, a menos que… peraí, peraí… ah, já sei… Você pensou que a oração iniciada por “de quem…” tivesse caráter explicativo, não foi?!?! Mas ela não tem, né?!?! Então, apague essa vírgula aí tamém, hômi!

Minha nossinhora, Merval Pereira! A vírgula de novo, hômi!!! Pela última vez: a gente não viu aí in riba* que não se separa complementos verbais de seu verbo por vírgula? O mesmo se dá com o sujeito e o seu verbo. Eles não gostam de vírgula atrapalhando a relação. Nisso eles têm razão: quem já se viu uma vírgula se metendo onde não é chamada? Desse modo, bote pra correr a vírgula adispois de “Amaury Ribeiro Jr”!

Rapaz… Eu num tô acreditando, não! Merval!… A vírgula… Meu deus do céu! Óia, Merval, eu não vou tá mais aqui falano de vírgula, não, visse! Chega! Mas, ainda assim, eu vou dizer… Eu sou chato: Ô, misera! Há um tal de paralelismo sintático em “não apenas”… “mas”. Apois bote uma vírgula adipois da mulesta dessa palavra “TCU”!

* Vêiz em quando, Merval, é sempre bom usar um latim nordestino – não é o de Roma, não, visse?!?! Só para você entender, caso não saiba, pois agora tá todo chique… é da Academia Brasileira de Letras, né?!?!: “in riba” significa “pras bandas de cima”.


Este artigo foi escrito por



DiAfonso

que é autor de 85 artigos no Ponto e Contraponto.

Nascido sob o signo dos que, em silêncio, tecem a vida doada por vontade divina. Apaixonado, desmedidamente, por meus filhos [Diego, Victor Hugo, Renann, Hannah Clara e Sophia Rachel]. Solidário porque não se deve e não se pode viver só. Admirador incansável da Natureza que me rodeia. Ah!... Música... Música é muito bom!!! Ademais... poeta, escritor, caçador de palavras que me ajudem a dizer o não-dito. [Editor-geral do Terra Brasilis/Terra Brasilis Educacional/Spiritus e coeditor do Blog da Dilma]

Fonte: ARTIGO ORIGINAL - Ponto e Contraponto
Email: diafonsoport11@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A BIBLIOTECA DE BABEL - JORGE LUIS BORGES

O UNIVERSO (que outros chamam a Biblioteca) compõe-se de um número indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no centro, cercados por balaustradas baixíssimas. De qualquer hexágono, vêem-se os andares inferiores e superiores: interminavelmente.

A distribuição das galerias é invariável. Vinte prateleiras, em cinco longas estantes de cada lado, cobrem todos os lados menos dois; sua altura, que é a dos andares, excede apenas a de um bibliotecário normal.

Uma das faces livres dá para um estreito vestíbulo, que desemboca em outra galeria, idêntica à primeira e a todas. À esquerda e à direita do vestíbulo, há dois sanitários minúsculos. Um permite dormir em pé; outro, satisfazer as necessidades físicas. Por aí passa a escada espiral, que se abisma e se eleva ao infinito.

No vestíbulo ha um espelho, que fielmente duplica as aparências. Os homens costumam inferir desse espelho que a Biblioteca não é infinita (se o fosse realmente, para quê essa duplicação ilusória?), prefiro sonhar que as superfícies polidas representam e prometem o infinito…

A luz procede de algumas frutas esféricas que levam o nome de lâmpadas. Há duas em cada hexágono: transversais. A luz que emitem é insuficiente, incessante. Como todos os homens da Biblioteca, viajei na minha juventude; peregrinei em busca de um livro, talvez do catálogo de catálogos; agora que meus olhos quase não podem decifrar o que escrevo, preparo-me para morrer; a poucas léguas do hexágono em que nasci.

Morto, não faltarão mãos piedosas que me joguem pela balaustrada; minha sepultura será o ar insondável; meu corpo cairá demoradamente e se corromperá e dissolverá no vento gerado pela queda, que é infinita. Afirmo que a Biblioteca é interminável.

Os idealistas argúem que as salas hexagonais são uma forma necessária do espaço absoluto ou, pelo menos, de nossa intuição do espaço. Alegam que é inconcebível uma sala triangular ou pentagonal. (os místicos pretendem que o êxtase lhes revele uma câmara circular com um grande livro circular de lombada contínua, que siga toda a volta das paredes; mas seu testemunho é suspeito; suas palavras, obscuras. Esse livro cíclico é Deus). Basta-me, por ora, repetir o preceito clássico: “A Biblioteca é uma esfera cujo centro cabal é qualquer hexágono, cuja circunferência é inacessível”.

A cada um dos muros de cada hexágono correspondem cinco estantes; cada estante encerra trinta e dois livros de formato uniforme; cada livro é de quatrocentas e dez páginas; cada página, de quarenta linhas; cada linha, de umas oitenta letras de cor preta.

Também há letras no dorso de cada livro; essas letras não indicam ou prefiguram o que dirão as páginas. Sei que essa inconexão, certa vez, pareceu misteriosa. Antes de resumir a solução (cuja descoberta, apesar de suas trágicas projeções, é talvez o fato capital da história), quero rememorar alguns axiomas.

O primeiro: a Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. O homem, o imperfeito bibliotecário, pode ser obra do acaso ou dos demiurgos malévolos; o Universo, com seu elegante provimento de prateleiras, de tomos enigmáticos, de infatigáveis escadas para o viajante e de latrinas para o bibliotecário sentado, somente pode ser obra de um deus.

Para perceber a distância que há entre o divino e o humano, basta comparar esses rudes símbolos trémulos que minha falível mão garatuja na capa de um livro, com as letras orgânicas do interior: pontuais, delicadas, negríssimas, inimitavelmente simétricas.

O segundo: O número de símbolos ortográficos é vinte e cinco[1]. Essa comprovação permitiu, depois de trezentos anos, formular uma teoria geral da Biblioteca e resolver satisfatoriamente o problema que nenhuma conjectura decifrara: a natureza disforme e caótica de quase todos os livros.

Um, que meu pai viu em um hexágono do circuito quinze noventa e quatro, constava das letras M C V perversamente repetidas da primeira linha ate à última. Outro (muito consultado nesta área) é um simples labirinto de letras, mas a página penúltima diz Oh, tempo tuas pirâmides.

Já se sabe: para uma linha razoável com uma correta informação, há léguas de insensatas cacofonias, de confusões verbais e de incoerências. (Sei de uma região montanhosa cujos bibliotecários repudiam o supersticioso e vão costume de procurar sentido nos livros e o equiparam ao de procurá-lo nos sonhos ou nas linhas caóticas da mão… Admitem que os inventores da escrita imitaram os vinte e cinco símbolos naturais, mas sustentam que essa aplicação é casual, e que os livros em si nada significam. Esse ditame, já veremos, não é completamente falaz).

Durante muito tempo, acreditou-se que esses livros impenetráveis correspondiam a línguas pretéritas ou remotas. É verdade que os homens mais antigos, os primeiros bibliotecários, usavam uma linguagem assaz diferente da que falamos agora; é verdade que algumas milhas à direita a língua é dialetal e que noventa andares mais acima é incompreensível.

Tudo isso, repito-o, é verdade, mas quatrocentas e dez páginas de inalteráveis M C V não podem corresponder a nenhum idioma, por dialetal ou rudimentar que seja. Uns insinuaram que cada letra podia influir na subsequente e que o valor de M C V na terceira linha da página 71 não era o que pode ter a mesma série noutra posição de outra página, mas essa vaga tese não prosperou. Outros pensaram em criptografias; universalmente essa conjectura foi aceite, ainda que não no sentido em que a formularam seus inventores.

Há quinhentos anos, o chefe de um hexágono superior[2] deparou com um livro tão confuso quanto os outros, porém que possuía quase duas folhas de linhas homogêneas. Mostrou o seu achado a um decifrador ambulante, que lhe disse que estavam redigidas em português; outros lhe afirmaram que em iídiche. Antes de um século pôde ser estabelecido o idioma: um dialeto samoiedo-lituano do guarani, com inflexões de árabe clássico.

Também decifrou-se o conteúdo: noções de análise combinatória, ilustradas por exemplos de variantes com repetição ilimitada. Esses exemplos permitiram que um bibliotecário de gênio descobrisse a lei fundamental da Biblioteca. Esse pensador observou que todos os livros, por diversos que sejam, constam de elementos iguais: o espaço, o ponto, a vírgula as vinte e duas letras do alfabeto.

Também alegou um fato que todos os viajantes confirmaram: “Não há, na vasta Biblioteca, dois livros idênticos”. Dessas premissas incontrovertíveis deduziu que a Biblioteca é total e que suas prateleiras registram todas as possíveis combinações dos vinte e tantos símbolos ortográficos (numero, ainda que vastíssimo, não infinito), ou seja, tudo o que é dado expressar: em todos os idiomas.

Tudo: a história minuciosa do futuro, as autobiografias dos arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração da falácia desses catálogos, a demonstração da falácia do catalogo verdadeiro, o evangelho gnóstico de Basilides, o comentário desse evangelho, o comentário do comentário desse evangelho, o relato verídico de tua morte, a versão de cada livro em todas as línguas, as interpolações de cada livro em todos os livros; o tratado que Beda pôde escrever (e não escreveu) sobre a mitologia dos saxões, os livros perdidos de Tácito.

Quando se proclamou que a Biblioteca abarcava todos os livros, a primeira impressão foi de extravagante felicidade. Todos os homens sentiram-se senhores de um tesouro intacto e secreto. Não havia problema pessoal ou mundial cuja eloquente solução não existisse: em algum hexágono. o Universo estava justificado, o Universo bruscamente usurpou as dimensões ilimitadas da esperança.

Naquele tempo falou-se muito das Vindicações: livros de apologia e de profecia, que para sempre vindicavam os actos de cada homem do Universo e guardavam arcanos prodigiosos para seu futuro. Milhares de cobiçosos abandonaram o doce hexágono natal e precipitaram-se escadas acima, premidos pelo vão propósito de encontrar sua Vindicação.

Esses peregrinos disputavam nos corredores estreitos, proferiam obscuras maldições, estrangulavam-se nas escadas divinas, jogavam os livros enganosos no fundo dos túneis, morriam despenhados pelos homens de regiões remotas. Outros enlouqueceram… As Vindicações existem (vi duas que se referem a pessoas do futuro, a pessoas talvez não imaginarias) mas os que procuravam não recordavam que a possibilidade de que um homem encontre a sua, ou alguma pérfida variante da sua, é computável em zero.

Também se esperou então o esclarecimento dos mistérios básicos da humanidade: a origem da Biblioteca e do tempo. É verosímil que esses graves mistérios possam explicar-se em palavras: se não bastar a linguagem dos filósofos, a multiforme Biblioteca produzirá o idioma inaudito que se requer e os vocabulários e gramáticas desse idioma. Faz já quatro séculos que os homens esgotam os hexágonos…

Existem investigadores oficiais, inquisidores. Eu os vi no desempenho de sua função: chegam sempre estafados; falam de uma escada sem degraus que quase os matou; falam de galerias e de escadas com o bibliotecário; ás vezes, pegam o livro mais próximo e o folheiam, á procura de palavras infames. Visivelmente, ninguém espera descobrir nada.

A desmedida esperança, sucedeu, como e natural, uma depressão excessiva. A certeza de que alguma prateleira em algum hexágono encerrava livros preciosos e de que esses livros preciosos eram inacessíveis afigurou-se quase intolerável. Uma seita blasfema sugeriu que cessassem as buscas e que todos os homens misturassem letras e símbolos, até construir, mediante um improvável dom do acaso, esses livros canônicos.

As autoridades viram-se obrigadas a promulgar ordens severas. A seita desapareceu, mas na minha infância vi homens velhos que demoradamente se ocultavam nas latrinas, com alguns discos de metal num fritilo proibido, e debilmente arremedavam a divina desordem.

Outros, inversamente, acreditaram que o primordial era eliminar as obras inúteis. Invadiam os hexágonos, exibiam credenciais nem sempre falsas, folheavam com fastio um volume e condenavam prateleiras inteiras: a seu furor higiênico, ascético, deve-se a insensata perda de milhões de livros. Seu nome é execrado, mas aqueles que deploram os “tesouros” destruídos por seu frenesi negligenciam dois fatos notórios.

Um: a Biblioteca é tão imensa que toda redução de origem humana resulta infinitesimal. Outro: cada exemplar é único, insubstituível, mas (como a Biblioteca é total) há sempre várias centenas de milhares de fac-símiles imperfeitos: de obras que apenas diferem por uma letra ou por uma virgula. Contra a opinião geral, atrevo-me a supor que as consequências das depredações cometidas pelos Purificadores foram exageradas graças ao horror que esses fanáticos provocaram. Urgia-lhes o delírio de conquistar os livros do Hexágono Carmesim: livros de formato menor que os naturais; onipotentes, ilustrados e mágicos.

Também sabemos de outra superstição daquele tempo: a do Homem do Livro. Em alguma estante de algum hexágono (raciocinaram os homens) deve existir um livro que seja a cifra e o compêndio perfeito de todos os demais: algum bibliotecário o consultou e é análogo a um deus.

Na linguagem desta área persistem ainda vestígios do culto desse funcionário remoto. Muitos peregrinaram á procura d’Ele. Durante um século trilharam em vão os mais diversos rumos. Como localizar o venerado hexágono secreto que o hospedava? alguém propôs um método regressivo: Para localizar o livro A, consultar previamente um livro B, que indique o lugar de A; para localizar o livro B, consultar previamente um livro C, e assim até o infinito…

Em aventuras como essas, prodigalizei e consumi meus anos. Não me parece inverosímil que em alguma prateleira do Universo haja um livro total; rogo aos deuses ignorados que um homem – um só, ainda que seja há mil anos! – o tenha examinado e lido. Se a honra e a sabedoria e a felicidade não estão para mim, que sejam para outros. Que o céu exista, embora meu lugar seja o inferno. Que eu seja ultrajado e aniquilado, mas que num instante, num ser, Tua enorme Biblioteca Se justifique.

Afirmam os ímpios que o disparate é normal na Biblioteca e que o razoável (e mesmo a humilde e pura coerência) é quase milagrosa exceção. Falam (eu o sei) de “a Biblioteca febril, cujos fortuitos volumes correm o incessante risco de transformar-se em outros e que tudo afirmam, negam e confundem como uma divindade que delira”.

Essas palavras, que não apenas denunciam a desordem mas que também a exemplificam, provam, evidentemente, seu gosto péssimo e sua desesperada ignorância. De fato, a Biblioteca inclui todas as estruturas verbais, todas as variantes que permitem os vinte e cinco símbolos ortográficos, porém nem um único disparate absoluto. Inútil observar que o melhor volume dos muitos hexágonos que administro intitula-se Trono Penteado, e outro A Cãibra de Gesso e outro Axaxaxas mlö.

Essas proposições, à primeira vista incoerentes, sem dúvida são passíveis de uma justificativa criptográfica ou alegórica; essa justificativa é verbal e, ex hypothesi, já figura na Biblioteca. Não posso combinar certos caracteres

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que a divina Biblioteca não tenha previsto e que em alguma de suas línguas secretas não contenham um terrível sentido. Ninguém pode articular uma sílaba que não esteja cheia de ternuras e de temores; que não seja em alguma dessas linguagens o nome poderoso de um deus. Falar é incorrer em tautologias.

Esta epístola inútil e palavrosa já existe num dos trinta volumes das cinco prateleiras de um dos incontáveis hexágonos – e também sua refutação. (Um numero n de linguagens possíveis usa o mesmo vocabulário; em alguns, o símbolo biblioteca admite a correta definição ubíquo e perdurável sistema de galerias hexagonais, mas biblioteca é pão ou pirâmide ou qualquer outra coisa, e as sete palavras que a definem tem outro valor. Você, que me lê, tem certeza de entender minha linguagem?)

A escrita metódica distrai-me da presente condição dos homens. A certeza de que tudo está escrito nos anula ou nos fantasmagórica. Conheço distritos em que os jovens se prostram diante dos livros e beijam com barbárie as páginas, mas não sabem decifrar uma única letra.

As epidemias, as discórdias heréticas, as peregrinações que inevitavelmente degeneram em bandoleirismo, dizimaram a população. Acredito ter mencionado os suicídios, cada ano mais frequentes. Talvez me enganem a velhice e o temor, mas suspeito que a espécie humana – a única – está por extinguir-se e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta.

Acabo de escrever infinita. Não interpolei esse adjetivo por costume retórico; digo que não é ilógico pensar que o mundo é infinito. Aqueles que o julgam limitado postulam que em lugares remotos os corredores e escadas e hexágonos podem inconcebivelmente cessar – o que é absurdo. Aqueles que o imaginam sem limites esquecem que os abrange o número possível de livros.

Atrevo-me a insinuar esta solução do antigo problema: A Biblioteca é ilimitada e periódica. Se um eterno viajante a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, reiterada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança.

[1] expressão popular para resplendor.
[2] Mesmo que gupiara, depósito de diamantes.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O abutre - Franz Kafka

"Era um abutre que picava meus pés. Ele já havia estraçalhado botas e meias e agora bicava os pés propriamente. Toda vez que atacava, voava várias vezes ao meu redor, inquieto, e depois prosseguia o trabalho. Passou por ali um senhor, olhou um pouquinho e perguntou então por que eu tolerava o abutre.

- Estou indefeso - eu disse. - Ele chegou e começou a bicar, naturalmente eu quis enxota-lo, tentei até enforca-lo, mas um animal desses tem muita força, ele também queria saltar no meu rosto, aí eu preferi sacrificar-lhe os pés. Agora eles estão quase despedaçados.

- Imagine, deixar-se torturar dessa maneira! - disse o senhor. Um tiro e o abutre está liquidado.

- É mesmo? - perguntei. - E o senhor pode cuidar disso?

- Com prazer - disse ele -, só preciso ir para casa pegar minha espingarda. O senhor pode esperar mais uma meia hora?

- Isso eu não sei - disse e fiquei em pé um momento, paralisado de dor.

Depois falei:

- De qualquer modo tente, por favor.

- Muito bem - disse o senhor. - Vou me apressar.

Durante a conversa o abutre escutou calmamente, deixando o olhar perambular entre mim e aquele senhor. Agora eu via que ele tinha entendido tudo: levantou voo, fez a curva da volta bem longe para ganhar ímpeto suficiente e depois, como um lançador de dardos, arremessou até o fundo de mim o bico pela minha boca. Ao cair para trás senti, liberto, como ele se afogava sem salvação no meu sangue, que enchia todas as profundezas e inundava todas as margens".

in "Narrativas do Espólio". Kafka.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Verbos - 210 exercícios com gabarito (no final)

VERBOS IMPESSOAIS
Diga se as afirmações estão certas ou erradas:
1. Choveu, na semana passada, pedras de gelo em Santa Catarina.
Certa
Errada
2. Em "Faz dias muito quentes em Cuiabá", o sujeito é 'dias muito quentes'.
Certa
Errada
3. Deveria haver leis impedindo a corrupção.
Certa
Errada
4. Há um ano atrás eu comecei a colaborar com o UOL.
Certa
Errada
5. Passa das onze horas, e Clodoilton ainda não chegou.
Certa
Errada
6. São dois de agosto.
Certa
Errada
7. Em "Houve casos assustadores", não há sujeito; 'casos assustadores' funciona como objeto direto.
Certa
Errada
8. Em 'Chega de conversa fiada', não há sujeito.
Certa
Errada
9. Podem haver modificações na empresa.
Certa
Errada
10. "Mistérios sempre há de surgir..."
Certa
Errada
IMPERATIVO
1. Mande-me seu endereço o mais rápido possível.
Certa
Errada
2. Traga-me tudo o que tiveres sobre o assunto.
Certa
Errada
3. Sente-se, que irei chamar seu pai.
Certa
Errada
4. Não me deixa, por favor! Eu te amo muito.
Certa
Errada
5. Presta atenção à aula, menino, senão não aprenderá nada.
Certa
Errada
6. Já lhe disse várias vezes: Cala a boca!
Certa
Errada
7. Vem pra cá, Charlene. Você não se arrependerá.
Certa
Errada
8. Parti, já! Antes que vos arrependais.
Certa
Errada
9. Não me faça ficar te esperando muito tempo!
Certa
Errada
10. Controle-se. Cuide de seu colesterol.
Certa
Errada
VERBOS TER, PÔR, VIR E VER
1. As garotas se _______, assistindo ao filme, até que os pais se _______ a levá-las à festa.
a) entretiveram - disporam
b) entretiveram - dispuseram
c) entreteram - dispusessem
2. Se Juvenildo _______ a confusão em que se meteu. Mas não raciocinou, não se _______ e _______ na discussão com que nada tinha a ver.
a) prevesse - continha - interveio
b) previsse - conteve - interveio
c) prevesse - continha - interviu
3. Quando você o _______, diga-lhe que seria melhor se ele _______ as despesas e ________ o que já gastou.
a) vir - contesse - reposse
b) ver - contesse - repusesse
c) vir - contivesse - repusesse
4. A polícia _______ no roubo e _______ o ladrão.
a) interveio - deteve
b) interviu - deteu
c) interviu - deteve
5. Se seus assessores se _______ a rever o caso e ele _______ suas críticas, tudo se resolverá, pois ele _______ a maior parte das ações da empresa.
a) proporem - contiver - detem
b) propuserem - conter - detém
c) propuserem - contiver - detém
6. Quando todos se _______ a trabalhar juntos, _______ um fato que _______ seu ímpeto.
a) dispuseram - sobreviu - deteve
b) disporam - sobreveio - deteu
c) dispuseram - sobreveio - deteve
7. Eles se _______ conosco, quando os _______ em casa para sondar suas intenções.
a) indispuseram - retivemos
b) indispuseram - retemos
c) indisporam - retivemos
8. Assinale a opção em que há erro de conjugação verbal em relação à norma culta da língua:
a) Se ele retesse o que eu ensinara!
b) Se ele compusesse o que eu tinha imaginado!
c) Se ele previsse o que ia dizer!
9. Se ele _______ esta atitude, terá que se _______ comigo, quando nos _______ outra vez.
a) mantiver - haver - virmos
b) mantiver - haver - vermos
c) mantiver - ver - vermos
10. Os diretores sempre _______ os relatórios, quando _______ aqui. Mas, se algo estiver errado, só o presidente _______.”
a) lêem - vêem - intervêem
b) lêem - vêem - intervêm
c) lêem - vêm - intervém
VERBOS
1. (IBGE) Todos se .......... à espera dos resultados que .......... em breve. Preenche corretamente as lacunas da frase acima a opção:
a) detêem – viriam d) detiveram - vêem
b) detêm – virão e) deteram - vêm
c) detém - vêem
2. (IBGE) Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre parênteses e assinale a seqüência correta:
Quando eles ....I.... (refazer) o relatório, ....II.... (receber) a primeira parcela do pagamento.
Se você ....III.... (poder) cumprir os prazos, ....IV.... (ficar) liberado mais cedo.
I II III V
a) refazerem receberiam puder ficara
b) refazerem receberão pode ficou
c) refizerem receberão pudesse ficaria
d) refizerem receberiam pôde ficava
e) refizessem receberão podia ficará
3. (FTU) "Pensemos no avião, pensemos no caminhão, pensemos no navio, mas não esqueçamos o trem." Das alterações feitas no final da frase acima, a inaceitável, por apresentar a forma verbal em modo ou tempo diferente do da forma em negrito, é:
a) mas não receemos o trem
b) mas não nos riamos do trem
c) mas não renunciemos ao trem
d) mas não descreiamos do trem
e) mas não nos olvidamos do trem
4. (MACK) A forma verbal correta é:
a) interviu d) entretesse
b) reavenha e) manteram
c) precavesse
5. (TFT-MA) "se a queremos legítima." Das alterações feitas na passagem ao lado, a que tem erro de flexão verbal é:
a) se virmos sua legitimidade
b) se propormos sua legitimidade
c) se reouvermos sua legitimidade
d) se mantivermos sua legitimidade
e) se requerermos sua legitimidade
6. (EPCAR) Há uma forma verbal errada na alternativa:
a) queixai-vos d) queixáveis-vos
b) queixamos-nos e) queixásseis-vos
c) queixávamo-nos
7. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos:
a) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado.
b) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.
c) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.
d) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.
e) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas.
8. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Haveriam de comprar, ainda, um trator maior", obtém-se a forma verbal:
a) comprariam d) ter-se-ia comprado
b) comprar-se-ia e) haveria de ser comprado
c) teria sido comprado
9. (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta da língua:
a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante.
b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.
c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.
d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.
e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.
10. (CESGRANRIO) Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase abaixo:
Quando os convidados da comadre ....... Leonardo ....... para dançar o minuete da corte.
a) chegarem - teve de chamá-los
b) tivessem chegado - teve de chamá-los
c) chegaram - foi chamá-los
d) chegassem - haveria de chamá-los
e) tiverem chegado - deverá chamá-los
11. (FMU) Leia a seguinte passagem na voz passiva: "O receio é substituído pelo pavor, pelo respeito, pela emoção ..." Se passarmos para a voz ativa, teremos:
a) O pavor e o respeito substituíram-se pela emoção e o receio.
b) O pavor e o receio substituem a emoção e o respeito.
c) O pavor, o respeito e a emoção são substituídos pelo receio.
d) O pavor, o respeito e a emoção substituem-se.
e) O pavor, o respeito e a emoção substituem o receio.
12. (FUVEST) ....... em ti; mas nem sempre ....... dos outros.
a) Creias - duvidas d) Creia - duvide
b) Crê - duvidas e) Crê - duvides
c) Creias - duvida
13. (UF-UBERLÂNDIA) Assinale a frase que não está na voz passiva:
1."Esperavam-se manifestações de grupos radicais japoneses de esquerda e de direita... ."
2. "Foram salvos pelo raciocínio rápido de um agente do serviço secreto... ."
3. "Vocês se dão pouca importância nessa tarefa."
4. "Documentos inúteis devem ser queimados em praça pública."
5. "Devem-se estudar estas questões."
14. (SANTA CASA) Os mesários .......-se de votar, mas não ....... dispensa. Se você os ......., peça que venham aqui imediatamente.
a) absteram - requereram - vir
b) absteram - requiseram - ver
c) abstiveram - requereram - vir
d) abstiveram - requereram - ver
e) abstiveram - requiseram - ver
15. (PUC) Uma das alternativas abaixo está errada quando à correspondência no emprego dos tempos verbais. Assinale qual é esta alternativa:
a) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade.
b) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade.
c) Embora arrume carona, chegará tarde.
d) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde.
e) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade.
16. (SANTA CASA) Transpondo para a voz ativa a frase: "Os ingressos haviam sido vendidos com antecedência", obtém-se a forma verbal:
a) venderam d) haviam vendido
b) vendeu-se e) havia vendido
c) venderam-se
17. (SANTA CASA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Eu estava revendo, naquele momento, as provas tipográficas do livro", obtém-se a forma verbal:
a) ia revendo d) comecei a rever
b) estava sendo revisto e) estavam sendo revistas
c) seriam revistas
18. (UNIMEP-SP) "Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como este sorriso." (Fernando Sabino) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em destaque:
a) futuro do pretérito, presente do subjuntivo
b) pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeito do subjuntivo
c) pretérito mais-que-perfeito, presente do subjuntivo
d) futuro do pretérito, pretérito imperfeito do subjuntivo
e) pretérito perfeito, futuro do pretérito
19. (CESCEM) Se você ......., e o seu amigo ......., talvez você ....... esses bens.
a) requisesse - intervisse - reavesse
b) requeresse - intervisse - reavesse
c) requeresse - interviesse - reouvesse
d) requeresse - interviesse - reavesse
e) requisesse - interviesse - reouvesse
20. (CEE TECNOLÓGICA-SP) Aponte a frase correta:
a) Avançaram sobre ele, não se conteram.
b) Não repilais quem de vós se aproxima.
c) Se você não prever a ocasião, como agarrá-la?
d) Requiseram inutilmente, não lhe deferiram o pedido.
e) Busquei por muito tempo, mas não reavi o que perdera.
21. (UNB-DF) Assinale o item que contém as formas verbais corretas:
a) reouve - intervi d) reavi - intervi
b) reouve - intervim e) rehavi - intervim
c) rehouve - intervim
22. (CESGRANRIO) Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal:
a) Os esportes entretêm a quem os pratica.
b) Ele antevira o desastre.
c) Só ficarei tranqüilo, quando vir o resultado.
d) Eles se desavinham freqüentemente.
e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes.
23. (ITA) Assinale o caso em que o verbo sublinhado estiver correto:
a) Eu me precavo deve ser substituído por eu me precavejo.
b) Eu me precavenho contra os dias de chuva.
c) Eu reavi o que perdera há dois anos.
d) Problemas graves me reteram no escritório.
e) Nenhuma das frases acima.
24. (UF-PB) Transpostos para a voz passiva, os verbos do texto "Que miragens vê o iluminado no fundo de sua iluminação? (...) E por que nos seduz a ilha?" (Carlos Drummond de Andrade), assumem, respectivamente, as formas:
a) eram vistas e somos seduzidos
b) são vistas e fomos seduzidos
c) foram vistas e somos seduzidos
d) são vistas e somos seduzidos
e) foram vistas e fomos seduzidos
25. (UF SÃO CARLOS) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:
I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.
II - ....... o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.
III - Não havia programa que ....... o povo, após o último noticiário.
a) propormos - Mantenha - entretesse
b) propusermos - Mantém - entretesse
c) propormos - Mantém - entretivesse
d) propormos - Mantém - entretesse
e) propusermos - Mantém - entretivesse
26. (UF-MA) O verbo da oração: Os pesquisadores orientarão os alunos" terá, na voz passiva, a forma:
a) haverão de orientar d) terão orientado
b) haviam orientado e) serão orientados
c) orientaram-se
27. (CESGRANRIO) Não há devida correlação temporal das formas verbais em:
a) Seria conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.
b) É conveniente que o leitor ficaria sem saber quem é Miss Dollar.
c) Era conveniente que o leitor ficasse sem saber quem é Miss Dollar.
d) Será conveniente que o leitor fique sem saber quem era Miss Dollar.
e) Foi conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.
28. (MACK) Que alternativa contém as palavras adequadas para o preenchimento das lacunas?
"Ao lugar de onde eles ......., ....... diversas romarias."
a) provém, afluem d) provêem, afluem
b) provém, aflue e) provêm, afluem
c) provém, aflui
29. (BB) Se ............ que não sabes, ............ outra questão.
a) vires, faz d) vir, faz
b) veres, faças e) vires, faze
c) ver, faça
30. (PUC) Dê, na ordem em que aparecem nesta questão, as seguintes formas verbais:
advertir - no imperativo afirmativo, segunda pessoa do plural
compor - no futuro do subjuntivo, segunda pessoa do plural
rever - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do plural
prover - no perfeito do indicativo, segunda pessoa do singular
a) adverti, componhais, revês, provistes
b) adverti, compordes, revestes, provistes
c) adverte, compondes, reveis, proviste
d) adverti, compuserdes, revistes, proveste
e) n.d.a
31. (PUC) No trecho: "Agora vire a página e olhe o anjo que ele possuiu, veja esta mantilha sobre este ombro puro (...)", alterando-se o sujeito dos verbos destacados para tu e depois nós, teríamos a seguinte modificação das formas verbais:
a) vira, olhe, vê / viremos, olhamos, vemos
b) vire, olhe, veja / viremos, olhemos, vejamos
c) vira, olha, vês / viramos, olhamos, vemos
d) viras, olhas, vês / viramos, olhamos, vemos
e) vira, olha, vê / viremos, olhemos, vejamos
32. (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços em branco: Se você o ......., por favor .......-lhe que ....... para apressar o processo.
a) ver - peça - intervenha d) ver - pede - intervenha
b) vir - peça - intervém e) vir - peças - interviesse
c) vir - peça - intervenha
33. (FUVEST) "Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato." Se o pronome tu fosse substituído por Vossa
Excelência, em lugar das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos, respectivamente, as seguintes formas:
a) procurais, ver-vos, vosso d) procurais, vê-la, vosso
b) procura, vê-la, seu e) procurais, ver-vos, seu
c) procura, vê-lo, vosso
34. (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente os espaços em branco: Não ...... . Você não acha preferível que ele se ....... sem que você o .......?
a) interfere - desdiz - obriga
b) interfira - desdisser - obrigue
c) interfira - desdissesse - obriga
d) interfere - desdiga - obriga
e) interfira - desdiga - obrigue
35. (FAAP) "Os infantes não chegariam lá, ou, se chegassem, seria a duras penas ..." As formas verbais compostas correspondentes às formas simples destacadas são, respectivamente:
a) tinha chegado - tivessem chegado
b) não há - tinha chegado
c) teriam chegado - têm chegado
d) terão chegado - tivessem chegado
e) teriam chegado - não há
36. (CESCEM) Se ao menos ....... a confusão que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se ......., e ....... na briga que não era sua.
a) prevesse - continha - interveio
b) previsse - conteve - interveio
c) prevesse - continha - interviu
d) previsse - conteve - interviu
e) prevesse - conteve - interveio
37. (FUVEST) Ele ....... a seca e ....... a casa de mantimentos.
a) preveu - proveu d) preveu - provera
b) provera - provira e) previu - proveu
c) previra - previera
38. (FMU) Que alternativa possui as formas verbais adequadas para o preenchimento das lacunas da oração abaixo: Sempre que há vagas, ....... candidatos que ....... de todos os lugares do Brasil.
a) afluem - provém d) aflui - provêem
b) aflue - provém e) afluem - provêem
c) afluem - provêm
39. (UNESP) "Explicou que aprendera aquilo de ouvido." Transpondo para a voz passiva, o verbo assume a seguinte forma:
a) tinha sido aprendido d) tinha aprendido
b) era aprendido e) aprenderia
c) fora aprendido
40. (FGV) Assinale o item em que há erro quanto à flexão verbal:
a) Quando eu vir o resultado, ficarei tranqüilo.
b) Aceito o lugar para o qual me proporem.
c) Quando estudar o problema, ficará sabendo a verdade.
d) Sairás assim que te convier.
e) O fato está patente a quem se detiver a observá-lo.
41. (CARLOS CHAGAS) Para nós, tanto ....... vocês ....... ficar aqui como ....... a fronteira.
a) faria - quisessem - transporem
b) faz - quererem - transpossem
c) faz - quererem - transporem
d) faria - queressem - transpusessem
e) faria - quiserem - transporem
42. (FUVEST) Em "Queria que me ajudasses", o trecho destacado pode ser substituído por:
a) a sua ajuda d) a ajuda deles
b) a vossa ajuda e) a tua ajuda
c) a ajuda de você
43. (PUC) Assinale a alternativa que traga indicativo de ação do sujeito:
a) Passavam cestas para a feira do Largo do Arouche.
b) Carrocinhas de padeiro derrapavam nos paralelepípedos.
c) A Aída levantou-se ...
d) Garoava na madrugada roxa.
e) Padre Nosso, que estais no céu ...
44. (BB) Flexão verbal incorreta:
a) Se vir o tal colega, falar-lhe-ei.
b) Se eu pôr o verbo no plural, erro de novo.
c) Se eu vier cedo, aguardo-o.
d) Se a duplicata estiver certa, paguem-na.
e) Se eu for tarde, esperem-me.
45. (DASP) Assinale a única alternativa em que há erro de flexão verbal:
a) Quando eu o vir, acertarei as contas.
b) Se ele propor um aumento de verba, direi que não teremos recursos.
c) O governo interveio na região.
d) Os funcionários vêm aqui hoje.
e) Na tentativa de solucionar o problema, eles se desavieram.
46. (DASP) Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal, do imperativo afirmativo para o imperativo negativo:
a) parti vós - não partais vós
b) amai vós - não ameis vós
c) sede vós - não sejais vós
d) ide vós - não vais vós
e) perdei vós - não percais vós
47. (BNH) Assinale a forma correta do verbo vir no presente do indicativo:
a) Chefe, viemos mostrar a todos este trabalho.
b) Vim comunicar ao amigo minha decisão.
c) Vimos, através desta, comunicar-lhe o ocorrido.
d) Viesse ele, ora, tudo estaria bem.
e) Vindo Paulo, não há mais nada.
48. (CESGRANRIO) Assinale a forma errada do verbo pontear:
a) ponteias d) ponteiam
b) ponteiamos e) ponteie
c) pontearei
49. (ITA) Examinando as afirmações de que a terceira pessoa do singular do presente do Indicativo de: Progredir é progrede / Ansiar é ansia / Remediar é remedia / Transgredir é Transgride
Verifica-se que:
a) apenas uma está correta d) três estão corretas
b) apenas duas estão corretas e) nenhuma está correta
c) todas estão corretas
50. (ITA) Vi, mas não ............; o policial viu, e também não ............, dois agentes secretos viram, e não ............ Se todos nós ............ , talvez .......... tantas mortes.
1. intervir - interviu - tivéssemos intervido - teríamos evitado
2. me precavi - se precaveio - se precaveram - nos precavíssemos - não teria havido
3. me contive - se conteve - contiveram - houvéssemos contido - tivéssemos impedido
4. me precavi - se precaveu - precaviram - precavêssemo-nos não houvesse
5. intervim - interveio - intervieram - tivéssemos intervindo - houvéssemos evitado
51. (EEAER) Para completar corretamente as frases:
.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que você faz.
.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que tu fazes.
.......... (pôr - imperativo afirmativo) mais atenção no que vós fazeis.
.......... (requerer - primeira pessoa do singular do presente do indicativo) licença.
) ponha, põe, ponde, requeiro
b) ponhas, põe, ponde, requeiro
c) ponde, ponde, punhas, requero
d) ponhe, ponde, punhas, requero
e) n.d.a
52. (EEAER) Completar: "Pedrinho ............ seus pertences, embora o delegado lhe pedisse que ............ a ação do assalto."
a) reaveu, recomposse d) reaveu, recompusesse
b) reouve, recomposse e) n.d.a
c) reouve, recompusesse
53. (ECPAR) Marque o item que está em desacordo com a gramática:
a) Se fores lá, põe a carta no correio.
b) Não intervenhais no que não vos diz respeito.
c) Sê prudente: não fale da vida alheia.
d) Faze o que te pedem e não reclames.
e) Mede tuas palavras e não te desanimes.
54. (UFF) Das frases que seguem, uma traz errado o emprego da forma verbal. Assinale-a:
a) Cumpre teus deveres e terás a consciência tranqüila.
b) Suporta-se com paciência a cólica do próximo.
c) Nada do que se possui com gosto se perde sem desconsolação.
d) Não voltes atrás, pois é fraqueza desistir-se da empresa começada.
e) Dizia Rui Barbosa: "Fazei o que vos manda a consciência, e não fazei o que vos convém aos apetites."
55. (UC-PR) Transforme pelo modelo: Procurei o livro / Procura-o também.
1. Pus o carro na garagem / .........., também
2. Trouxe o livro / .........., também
3. Medi as conseqüências / .........., também
4. Ouvi suas queixas / .........., também
5. Mandei um presente ao nosso filho / .........., também
A alternativa correta é:
a) Põe-no, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Mande-o
b) Põe-lo, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Mande-o
c) Ponha-o, Traga-o, Meça-s, Ouça-s, Mande-o
d) Põe-no, Traze-o, Mede-as, Ouve-as, Manda-o
e) Ponha-o, Traga-o, Meça-s, Ouça-as, Manda-o
56. (UC-PR) Faça conforme o modelo: Peço-te que me perdoes / Perdoa-me
1. Peço-te que acudas a menina / .......... a menina
2. Peço-te que frijas o ovo / ........... o ovo
3. Peço-te que meças o quarto / ........... o quarto
4. Peço-te que leias meu artigo / .......... meu artigo
5. Peço-te que provejas o cargo / .......... o cargo
Assinale a alternativa correta:
a) Acuda, Frija, Meça, Leia, Provede
b) Acode, Frege, Mede, Lê, Provê
c) Acuda, Frija, Mede, Lê, Proveja
d) Acode, Frija, Mede, Lê, Provede
e) Acuda, Frege, Medi, Lê, Provê
57. (FAE-PR) Soldado! ......................... a cabeça, ..................... teu fuzil, ............... o que lá vês. Mas não te ......................!
a) Levanta, ergue, destrua, firas
b) Levante, ergue, destrua, fira
c) Levanta, ergue, destrói, firas
d) Levantai, erguei, destruí, firais
e) Levanteis, ergueis, destruais, firais
58. (FCHS TOLEDO-PR) Assinale a frase correta:
a) Busque e acharás, peça e receberás.
b) Busque e achará, peça e receberá.
c) Busca e acharás, pede e receberá.
d) Busque e achará, peça e receberás.
e) Busca e achareis, pede e receberás.
59. (DIREITO DE CURITIBA) Indique a seqüência abaixo que preenche corretamente as lacunas das orações abaixo:
1. .......... o que te mandou o diretor.
2. .......... à festa assim que você estiver pronta.
3. .......... alguma coisa em sua própria defesa.
4. .......... alguma coisa, em tua própria vantagem.
5. .......... . Todos nós vos pedimos.
a) Faça, Venha, Dize, Diga, Partai
b) Faze, Vem, Diga, Dize, Parti
c) Faze, Vinde, Dize, Diga, Parti
d) Faça, Vem, Diga, Dizei, Parta
e) Faze, Venha, Diga, Dize, Parti
60. (EPCAR) Em apenas uma das frases a forma verbal está incorreta. Assinale-a:
a) Desejo que me ouçais com atenção.
b) Se eles se precavessem, não sofreriam o acidente.
c) Se intervissem, o conflito cessaria.
d) Não odieis vosso irmão.
e) Trá-lo-ei assim que me pedires.
61. (UNIMEP-SP) "Não fales! Não bebas! Não fujas!" Passando tudo para a forma afirmativa, teremos:
a) Fala! Bebe! Foge! d) Fale! Beba! Fuja!
b) Fala! Bebe! Fuja! e) Fale! Bebe! Foge!
c) Fala! Beba! Fuja!
62. (FESP) Assinale a alternativa em que todas as formas estejam na segunda pessoa do plural do imperativo afirmativo:
a) ouvi, vinde, ide, traze d) ouça, vinde, vá, tragais
b) ouvi, vinde, ide, trazei e) ouça, venhas, vás, tragais
c) ouvi, venhas, ide, trazei
63. (CARLOS CHAGAS-PR) Mesmo que você lhe ............ um acordo amigável, ele não .......... .
a) proponha - aceitará d) proporá - aceitará
b) propor - aceitava e) propôs - aceitava
c) proporia - aceitaria
64. (CARLOS CHAGAS-PR) Se você ............ chegado a tempo ............ visto o que ...................... .
a) tem - tenha - acontece d) tivesse - teria - aconteceu
b) tiver - terá - acontecesse e) tinha - tem - acontecia
c) teria - tinha - aconteça
65. (FUVEST) "Se ele ............ (ver) o nosso trabalho ............ (fazer) um elogio." Assinale a alternativa em que as formas dos verbos ver e fazer preenchem corretamente as lacunas da frase acima:
a) ver - fará d) vir - fará
b) visse - fará e) vir - faria
c) ver - fazerá
66. (MED-SANTOS) Assinale a letra correspondente à frase inteiramente correta para tratamento "o senhor": "Quando ............ nos debates, ............ ser moderado nas ............ expressões e ............ bem nas suas idéias."
a) intervier, procure, suas, coloque
b) intervier, procure, suas, coloca
c) intervir, procura, tuas, coloques
d) intervieres, procure, suas, coloque
e) intervier, procures, suas, coloque
67. (MED-SANTOS) Assinale a alternativa em que o imperativo está empregado corretamente:
a) Não ide lá, eu vo-lo proíbo.
b) Não vades lá, eu to proíbo.
c) Não vades lá, eu vo-lo proíbo.
d) Não ides lá, eu vos proíbo.
e) Não vade lá, eu vo-lo proíbo.
68. (FEB) Complete com ei ou i: Copiar - ele cop...a / Odiar - ele od...a / Ansiar: ele ans...a
a) ei - ei - ei d) i - ei - ei
b) i - i - i e) nenhuma das anteriores
c) ei - ei - i
69. (CARLOS CHAGAS) Não ............ diante de nenhum sacrifício que você de mim ............ .
a) recuei - exija d) recuara - exigiu
b) recuo - exigisse e) recuei - exigir
c) recuo - exija
70. (CARLOS CHAGAS) Para que você ............ isso, precisa ser ambicioso; quem ............ sem que ............, certamente é ambicioso.
a) deseja - deseja – estima d) deseja - deseje - estime
b) deseje - deseja - estime e) deseje - deseje - estima
c) deseje - deseja - estima
71. (MED-ABC) Assinale a construção correta:
a) Tu viestes de Santos ontem.
b) Nós vimos de Santos ontem. ontem.
c) Nós viemos de Santos ontem.
d) Vós vieste de Santos ontem.
e) Vós vindes de Santos
72. (FURG-RS) A alternativa em que todas as formas correspondem ao exemplo: Pagar - paga, é:
Verbos: manter - ir - ser - pôr - rir
a) mantém - vá - sê - põe - ria
b) manténs - vá - seja - pões - ri
c) mantenha - vai - seja - ponha - ris
d) mantém - vai - sê - ponha - ris
e) mantém - vai - sê - põe - ri
73. (UE-BA) Os alunos que .................... revisão de provas ...................... com a rigidez da correção.
a) pleiteiam - indiguinam-se
b) pleiteam - indignam-se
c) pleiteiam - indignam-se
d) pleiteam - indiguinam-se
e) pleiteam - indignam-se
74. (AMAM) Há uma frase com incorreção de flexão verbal. Assinale-a:
a) É preciso que nos penteamos bem para a cerimônia.
b) Convém que vades ver vosso pai doente.
c) Ele freou o carro bem perto da criança que corria.
d) Desavieram-se os dois amigos, ante a vitória do Corinthians.
e) Todas as frases acima estão incorretas.
75. (ESAN-SP) Assinale a alternativa em que há um verbo defectivo:
a) Demoliram vários prédios naquele local.
b) Eles se correspondem freqüentemente.
c) Estampava no rosto um sorriso, um sorriso de criança.
d) Compramos muitas mercadorias remarcadas.
e) Coube ao juiz julgar o réu.
76. (OBJETIVO) Dos verbos seguintes, assinale o único que não apresenta duplo particípio:
a) abrir d) morrer
b) imprimir e) enxugar
c) eleger
77. (UFSCAR-SP) Assinale a opção que preencha as lacunas corretamente:
I - Ficareis maravilhados, se ..................... o resultado. (ver)
II - Sereis perdoados, se .................. o que tirastes. (repor)
III - Não dê atenção a quem lhe .................. negócios ilícitos. (propor)
IV - Nós lhe daremos o recado assim que o ................ . (ver)
a) virdes, repuserdes, propuser, virmos
b) vires, repordes, propor, vermos
c) veres, repuserdes, propuserdes, virmos
d) vês, repordes, propordes, vermos
e) ver, repuseres, propor, vemos
78. (FUEL-PR) Pode ser que eu ............ levar as provas, se você ............ tudo para que eu ............ onde estão.
a) consiga, fará, descobriria d) consigo, fizer, descubro
b) consiga, fizer, descubra e) consigo, fará, descobrirei
c) consigo, fizer, descobrir
79. (FUEL-PR) Ele ............... com muita prudência, na esperança de que se .................. o tempo perdido.
a) interviu, reavesse d) interveio, reouvesse
b) interveio, reavesse e) interviu, rehavesse
c) interviu, rehouvesse
80. (FUEL-PR) Transpondo para a voz ativa a frase "Os livros seriam postos em um líqüido desinfetante", obtém-se a forma verbal:
a) vão pôr d) vão ser postos
b) íamos pôr e) poriam
c) põem-se
81. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:
a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.
b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.
c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.
d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.
e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.
82. (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva:
a) O atleta foi estrondosamente aclamado.
b) Que exercício tão fácil de resolver!
c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.
d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.
e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.
83. (CARLOS CHAGAS-BA) Não te ............ com essas mentiras que ............ da ignorância.
a) aborreces, provêem d) aborreça, provêem
b) aborreça, provém e) aborreças, provém
c) aborreças, provêm
84. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a oração "Os colegas o estimavam por suas boas qualidades", obtém-se a forma verbal:
a) eram estimadas d) era estimado
b) tinham estimado e) foram estimadas
c) fora estimado
85. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "A assembléia aplaudiu com vigor as palavras do candidato", obtém-se a forma verbal:
a) foi aplaudido d) estava aplaudindo
b) aplaudiu-se e) tinha aplaudido
c) foram aplaudidas
86. (CESGRANRIO) A frase negativa que corresponde a "Põe nela todo o incêndio das auroras" é:
a) Não põe nela todo o incêndio das auroras.
b) Não ponhas nela todo o incêndio das auroras.
c) Não põem nela todo o incêndio das auroras.
d) Não ponha nela todo o incêndio das auroras.
e) Não pondes nela todo o incêndio das auroras.
87. (FCMSC-SP) Mesmo que a direção o .................. para o lugar e ele .................. nomeado, duvido que ...................... a exercer o cargo.
a) indicar, for, chega d) indique, seja, chegue
b) indicaria, seja, chega e) indicar, ser, chegue
c) indique, for, chega
88. (UNESP) Aponte a alternativa em que o verbo reaver está correto:
a) É necessário que você reavenha aquele dinheiro.
b) É necessário que você reaveja aquele dinheiro.
c) É necessário que você reaja aquele dinheiro.
d) É necessário que você reava aquele dinheiro.
e) n.d.a
89. (UM-SP) Qual o valor do futuro do pretérito na frase seguinte: "Quando chegamos ao colégio em 1916, a cidade teria apenas um cinqüenta mil habitantes"?
a) fato futuro, anterior a outro fato futuro
b) fato futuro, relacionado com o passado
c) suposição, relativamente a um momento futuro
d) suposição, relativamente a um momento passado
e) configuração de um fato já passado
90. (UM-SP) Assinale a alternativa em que o emprego do infinitivo está incorreto:
a) Todos acreditam sermos os causadores da desordem.
b) Cometeres tamanha injustiça, tu não o farias.
c) Amar é viver.
d) Não podeis fazerdes a prova com tanta pressa.
e) Não estacionar na pista.
91. (CESESP-PE) Assinalar o único item em que o emprego do infinitivo está errado:
a) Deixei-os sair, mas procurei orientá-los bem.
b) De hoje a três meses podes voltar aqui.
c) Disse ser falsas aquelas assinaturas.
d) Depois de alguns instantes, eles parecia estarem mais conformados.
e) Viam-se brilhar as primeiras estrelas.
92. (ETF-SP) Se ele ............ o requerimento, posso mostrar-lhe a prova quando ............ .
a) troxer - querer d) trouxer - querer
b) trouxer - quiser e) trazer - quiser
c) trazer - querer
93. (ETF-SP) Se vocês não ............ os mais exaltados, creio que eles se ............ seriamente.
a) contessem - desaveriam d) contivessem - desaveriam
b) contessem - desaviriam e) contivessem - desaviriam
c) contessem - desaviam
94. (BB) Enquanto uns trabalhavam, outros .......... televisão.
a) se entretiam na d) entretinham com a
b) entretiam na e) se entretinham com a
c) entretinham na
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95. (TRT) Observe:
I - Eu venho pensando em exercer atividades no campo da fiscalização.
II - Vi quando você apreendeu a mercadoria.
III - Não vá dizer que não foi orientado no tocante às formas tributárias.
Os verbos sublinhados acima têm, no plural, as seguintes formas:
a) vimos, vimos, ide d) vimos, vimos, vão
b) viemos, vimos, vades e) vimos, viemos, vão
c) viemos, vimos, ides
96. (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal:
a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal.
b) Se advierem dificuldades, confia em Deus.
c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos.
d) Eu não intervi na contenda porque não pude.
e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes desavieram-se e requereram rescisão do contrato.
97. (TRT) Indique a incorreta:
1. Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º.
2. Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do artigo 2º.
3. Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade de apresentação dos documentos mencionados.
4. Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são de responsabilidade do Governo Federal.
5. Todas estão incorretas.
98. (BANESPa) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período ao lado: "Se você os .......... , não ............ no que lhe ........... ".
a) ver - creia - disser d) vir - creia - disserem
b) ver - creias - dizerem e) vir - creias - disserem
c) ver - crê - disserem
99. (BANESPA) "O farol guiava os navegantes". Transpondo esta frase para a voz passiva, o verbo apresentará a forma:
a) guiava-se d) guiavam
b) iam guiando e) foram guiados
c) eram guiados
100. (BANESPA) Assinale a alternativa em que é incorreto flexionar o infinitivo:
a) Importa entendermos a situação.
b) Devemos provarmos o que dizemos.
c) Para chegardes à igreja, ainda tereis de caminhar muito.
d) É tempo de saberes de teus direitos.
e) Vi os escravos se curvarem perante seu amo.
101. (ESAF) Assinale a alternativa que apresenta um verbo incorretamente flexionado:
a) O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.
b) Não despeças os carregadores antes do desembarque.
c) Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.
d) A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.
e) Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.
102. (ESAF) Assinale o trecho que não contém erro na voz passiva:
1. Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma tão incorreta.
2. No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe.
3. À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali.
4. Assim que começou a cursar medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia.
5. A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.
103. (ESAF) Os verbos das orações "ao prestar-nos as informações que lhe solicitamos" são, respectivamente:
a) transitivo direto e indireto, transitivo indireto
b) transitivo indireto, transitivo direto e indireto
c) ambos transitivos indiretos
d) ambos transitivos diretos
e) ambos transitivos diretos e indiretos
104. (ADM POSTAL CORREIOS) "Não sabemos qual será nossa reação quando .......... a chegada do adversário."
a) vemos d) virmos
b) vimos e) vermos
c) veremos
105. (PUC) Assinale a forma verbal errada na relação abaixo:
a) verbo vir - pres. do ind. 1a p.p. : vimos
b) verbo vir - particípio: vindo
c) verbo ver - imperativo afirmativo, 2 a p.p. : vede
d) verbo aprazer - pret. perf. do ind., 3 a p. sing. : aprouve
e) verbo intervir - pret. perf. do ind., 3 a p.p. : interviram
106. (PUC) Trazendo-os é o gerúndio do verbo trazê-los. Nas formas abaixo, do imperativo, assinale a única incorreta:
a) traze-os tu d) trazei-los vós
b) traga-os você e) tragam-nos vocês
c) tragamo-los nós
107. (PUC) "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho" (Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:
a) presente do subjuntivo d) presente do indicativo
b) imperfeito do indicativo e) imperativo afirmativo
c) pretérito perfeito do indicativo
108. (GAMA FILHO) Há, na conjugação dos seguintes verbos, um tempo errado. Assinale-o:
1. crer - pret. perf. Ind.: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.
2. entupir - pres. subj.: entupa, entupas, entupa, entupamos, entupais, entupam.
3. polir - pres. Ind.: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.
4. reter - mais-que-perf. Ind.: retera, reteras, retera, retéramos, retêreis, reteram.
5. saudar - imperativo afirmativo: saúda, saúde, saudemos, saudai, saúdem.
109. (FARIAS BRITO) "Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre com razão." (Sílvio Romero) O verbo "lê":
1. está na voz passiva e seu sujeito é "que"
2. está na voz ativa, seu sujeito é "cousa" e seu objeto direto é "versos"
3. está na voz reflexiva, e o sujeito "versos" pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo
4. sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os "versos" e quem os lê
5. funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto
110. (FARIAS BRITO) "Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Como é que se fazia / Uma balada / Antes d’ir / Pro meu hotel" (Oswald de Andrade: "Balada da Esplanada") Há uma locução verbal nesse texto. Essa locução é:
a) "procurei Ver" d) "é que se fazia"
b) "Ver se aprendia" e) "Antes de ir"
c) "aprendia como é"
111. (CARLOS CHAGAS) Conforme o médico nos .........., seu organismo agora já .......... o cálcio.
a) prevenira - retem d) previnira - retem
b) previnira - retém e) prevenira - retém
c) provenira - retém
112. (CARLOS CHAGAS) Sem que ninguém tivesse .........., o próprio menino ..........-se contra os falsos amigos.
a) intervindo - precaviu d) intervido - precaveio
b) intervindo - precaveio e) intervindo - precaveu
c) intervido - precaveu
113. (CARLOS CHAGAS) Caso .......... realmente interessado, ele não .......... de faltar.
a) estiver - haja d) estivesse - havia
b) esteja - houve e) estiver - houve
c) estivesse - houvesse
114. (CARLOS CHAGAS) Se algum dia a .......... chegar arrependida, .......... o teu ódio num forte abraço de perdão.
a) veres - esqueça d) vires - esqueça
b) vires - esquecei e) vires - esquece
c) veres - esquece
115. (CARLOS CHAGAS) Quem .......... o Pedro, ou, pelo menos, .......... falar com ele, ..........-o em meu nome.
a) ver - poder - advirta d) ver - puder - adverta
b) vir - puder - adverta e) vir - poder - adverta
c) vir - puder - advirta
116. (CARLOS CHAGAS) Se você ........... no próximo domingo e .......... de tempo .......... assistir à final do campeonato.
a) vir - dispor – vá d) vier - dispuser - vá
b) vir - dispuser - vai e) vier - dispor - vai
c) vier - dispor - vá
117. (CARLOS CHAGAS) Ele .......... que lhe .......... muitas dificuldades, mas enfim .......... a verba para a pesquisa.
a) receara - opusessem - obtera
b) receara - opusessem - obtivera
c) receiara - opossem - obtivera
d) receiara - oposessem - obtera
e) receara - opossem - obtera
118. (FUNDAÇÃO LUSÍADA) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte: "Se você .......... e o seu irmão .........., quem sabe você .......... o dinheiro."
a) requeresse - interviesse - reouvesse
b) requisesse - intervisse - reavesse
c) requeresse - intervisse - reavesse
d) requeresse - interviesse - reavesse
e) requisesse - interviesse - reouvesse
119. (PUC) Indique a frase onde houver uma forma verbal incorreta:
a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.
b) Se ela vir de carro, chame-me.
c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento.
d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina.
e) n.d.a
120. (MACK) Assinale a alternativa em que não há erro na forma verbal:
a) Minha mãe hesitou; tu não hesitastes.
b) Esta página vale por meses; quero que valha para sempre.
c) Tu tiveste dezessete anos; vós tivesteis sempre a mesma idade.
d) A análise das minhas emoções é que entrava no meu plano; vós não entravais.
e) Achavam-se lindo e diziam-no; achaveis-me lindo e dizieis-mo.
121. (FUVEST) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:
a) Não chores, cala, suporta a tua dor.
b) Não chore, cala, suporta a tua dor.
c) Não chora, cale, suporte a sua dor.
d) Não chores, cales, suportes a sua dor.
e) Não chores, cale, suporte a tua dor.
122. (FUVEST) Aponte a alternativa em que a segunda forma está incorreta como plural da primeira:
a) tu ris - vós rides d) ele vem - eles vêem
b) ele lê - eles lêem e) eu ceio - nós ceamos
c) ele tem - eles têm
123. (FUVEST) Assinale a frase em que está correta a correlação verbal:
a) Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.
b) Se você não interferir, ele fazia o trabalho sozinho.
c) Se você não interferir, ele faria o trabalho sozinho.
d) Se você não interfere, ele faria o trabalho sozinho.
e) Se você não interferisse, ele faz o trabalho sozinho.
124. (FUVEST) Assinale a frase em que aparece o pretérito-mais-que-perfeito do verbo ser:
a) Não seria o caso de você se acusar?
b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.
c) Se não fosses ele, tudo estaria perdido.
d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.
e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.
125. (EEAER) Leia com atenção:
1. Pôr, eu ponho, mas e se na hora eu não pôr?
2. Valer eu valho, mas e se na hora eu não valer?
3. Poder eu posso, mas e se na hora eu não poder?
4. Caber eu caibo, mas e se na hora eu não couber?
Quanto aos verbos, estão corretos os períodos:
a) I e IV d) I, II e IV
b) II e IV e) I, II e III
c) III e IV
126. (FATEC) Assinale a alternativa em que a forma verbal grifada do período II não substitui corretamente a do período I:
a) I - Economistas afirmaram que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil.
II - Economistas afirmaram já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil.
b) I - Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você tinha ido.
II - Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você fora.
c) I - Eram passados já muitos anos, desde o acidente.
II - Haviam passado já muitos anos, desde o acidente.
d) I - Honrarás a teu pai e a tua mãe.
II - Honra a teu pai e a tua mãe.
e) I - Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido.
II - Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá.
127. (TFC) A forma passiva correspondente ao enunciado "Vi, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo", é:
a) O garoto viu, no claro azul do céu, um papagaio de papel, alto e largo.
b) Um papagaio de papel, alto e largo, estava sendo visto pelo menino, no claro azul do céu.
c) No claro azul do céu, era visto um papagaio de papel, alto e largo, por mim.
d) Alto e largo, um papagaio de papel foi visto por mim no claro azul do céu.
e) Foi visto pelo menino, no claro azul do céu, um papagaio de papel.
(TFC) Nas questões 128 a 130, assinale a opção cujo período apresente erro na sintaxe ou morfologia das formas verbais:
128.
1. Se não prevessem os estoques do governo com a necessária antecedência, dificuldades maiores adviriam na entressafra.
2. Se eles interporem um novo recurso contra a decisão do diretor, é possível que seja aceita a argumentação que apresentaram.
3. Exige-se que as amostras não difiram significativamente do padrão oficial e que se expeça o respectivo laudo de fiscalização.
4. Por não se preverem as conseqüências do novo decreto, deixaram de ser tomadas medidas que contivessem o aumento de custos.
5. O governo não interveio nem pretende intervir no mercado, embora as informações se contradissessem.
129.
1. Haviam, entre os meses de outubro e dezembro, ocorrido pancadas de chuva tão violentas que as estradas estavam em péssimas condições.
2. Se houver desistências, as vagas poderão ser preenchidas por candidatos sem habilitação legal.
3. Embora muitas dificuldades houvessem surgido, os trabalhos foram concluídos em tempo hábil.
4. Todas as opiniões que houvesse entre os participantes do encontro seriam debatidas democraticamente.
5. Ninguém sabe se vão haver ou não novas inscrições para o concurso anunciado há duas semanas.
130.
1. É necessário que se intermedeiem os conflitos étnicos para que a paz seja preservada.
2. Segundo pressupuseram especialistas, novas bactérias, de extrardinária resistência, estão surgindo nos hospitais.
3. Ao não se aterem aos liames previstos para a pesquisa, corriam o risco de falsear os resultados.
4. Se m que se trasgridam os modelos convencionais, os prejuízos jamais poderão ser reavidos.
5. Se não sobrevirem novos problemas, serão satisfeitas todas as exigências do contrato assinado.
131. (FUVEST) Em "Se aceitas a comparação distinguirás...", se a forma aceitas for substituída por aceitasses, a forma distinguirás deverá ser alterada para:
a) vais distinguir d) distinguirias
b) distinguindo e) terás distinguido
c) distingues
132. (FUVEST) "Quanto a mim, se vos disser que li o bilhete três ou quatro vezes, naquele dia, acreditai-o, que é verdade; se vos disser mais que o reli no dia seguinte, antes e depois do almoço, podeis crê-lo, é a realidade pura. Mas se vos disser a comoção que tive, duvidai um pouco da asserção, e não a aceitei sem provas." Mudando o tratamento para a terceira pessoa do plural, as expressões sublinhadas passam a ser:
a) lhes disser; acreditem-no; podem crê-lo; duvidem; não a aceitem.
b) lhes disserem; acreditem-lo; podem crê-lo; duvidam; não a aceitem.
c) lhe disser; acreditam-no; podem crer-lhe; duvidam; não a aceitam.
d) lhe disserem; acreditem-no; possam crê-lo; duvidassem; não a aceites.
e) lhes disser, acreditem-o; podem crê-lo; duvidem; não lhe aceitem.

133. (FUVEST) "... e antes nunca houvesse aberto o bico..."; "Assim da tua vanglória há muitos que se ufanam." Nestas passagens, o verbo haver é, respectivamente:
a) auxiliar e auxiliar d) principal e auxiliar
b) auxiliar e impessoal e) principal e impessoal
c) impessoal e impessoal
134. (FUVEST) A transformação passiva da frase: "A religião te inspirou esse anúncio", apresentará o seguinte resultado:
a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.
b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião.
c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.
d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião.
e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio.
135. (FUVEST) "Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida." Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo e terceiro verbos grifados conotassem ação no plano da realidade, teríamos, respectivamente, as seguintes formas verbais:
a) fiquem, amassem, procurassem
b) ficavam, tenham amado, tenham procurado
c) ficariam, amariam, procurariam
d) fiquem, amam, procuram
e) ficariam, tivessem amado, tivessem procurado
136. (FUVEST) Passando-se o verbo do trecho: "aquilo que o auditório já sabe" para o futuro composto do subjuntivo, obtém-se a forma verbal:
a) terá sabido d) tenha sabido
b) ter sabido e) souber
c) tiver sabido
137. (FMU) Na voz passiva, escreve-se "Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras", da seguinte forma:
a) As lições me são dadas...
b) As lições me eram dadas...
c) As lições me foram dadas...
d) A mim deu-me ele as lições
e) A mim as lições deu-as ele
138. (TRE-SP) Ele .......... que a sensatez dos convidados .......... a euforia geral e .......... as dúvidas.
a) supusera - freasse - desfizesse
b) supora - freasse - desfizesse
c) supusera - freiasse - desfazesse
d) supora - freiasse - desfizesse
e) supora - freiasse - desfazesse
139. (TRE-SP) Tendo .......... na operação, os funcionários se .......... a serviços essenciais e executaram as tarefas que lhes .......... .
a) intervido - ativeram - caberam
b) intervido - ateram - couberam
c) intervindo - ateram - caberam
d) intervindo - ativeram - couberam
e) intervido - ativeram - couberam
140. (TRE-SP) Transpondo para a voz passiva a frase "O auxiliar judiciário estava organizando os arquivos", obtém-se a forma verbal:
a) foram sendo organizados
b) estavam sendo organizados
c) foram organizados
d) tinham sido organizados
e) eram organizados
141. (TRE-SP) Transpondo para a voz ativa a frase "Os pretendentes ao cargo teriam sido cadastrados pelo coordenador", obtém-se a forma:
a) cadastraria
b) terá cadastrado
c) seriam cadastrados
d) teria cadastrado
e) tinha cadastrado
142. (TRE-SP) Não se .......... e .......... bem cada palavra que .......... .
a) precipite - pesa - pronunciares
b) precipite - pese - pronunciar
c) precipita - pesa - pronunciar
d) precipita - peses - pronunciares
e) precipite - peses - pronunciar
143. (TRE-SP) Assim que .......... encaminhados ao arquivo e .......... colhido todos os dados, é provável que já .......... prontos para iniciar o trabalho.
a) sermos - termos - estejamos
b) formos - tivermos - estejamos
c) formos - tivermos - estejemos
d) formos - termos - estejamos
e) sermos - tivermos - estejemos
144. (TRE-MT) I - Os leitores de jornal não ......... os artigos mais longos.
II - Se eles ............... a programação, já será ótimo.
III - Quando ele .........., receba-o com delicadeza.
As formas que preenchem, corretamente, as lacunas das frases acima são:
a) leem - obtiverem - vir d) lêem - obterem - ver
b) lêem - obtiverem - vier e) lêm - obtiverem - vir
c) leem - obterem - vier
145. (TRE-MT) Só está correta a forma verbal grifada na frase:
a) Embora ele esteje indicado, o Senado ainda não o aprovou.
b) Ele passeiava diariamente no parque.
c) Quando eles trouxerem a permissão, poderão entrar.
d) Se mantermos as posições, o inimigo não avançará.
e) Os deputados se entretiam com esses discursos.
146. (TRE-MT) O único verbo sublinhado cuja conjugação é regular está na alternativa:
a) "............ pois só se contradisse".
b) "............ também não teve escrúpulos".
c) "Os heróis de janeiro são os vilões de dezembro."
d) "E Ricupero também acaba como símbolo de perdão .......".
e) "........ o Brasil ia dar vexame na Copa".
147. (UF CAXIAS-RS) Não se .................... dias melhores, os problemas de ordem econômica ..................... preocupando muitas pessoas: ...................... que as dificuldades não são problemas para poucos.
a) entrevêm - vem - conclue-se
b) entrevêem - vêem - conclui-se
c) entrevêm - vêm - conclui-se
d) entrevêem - vêm - conclui-se
e) entrevêem - vêm - conclue-se
(TRE-MG) Nas questões de 148 a 150, tendo em vista a flexão das formas verbais sublinhadas, assinale:
a) se estiver correto apenas o item I
b) se estiver correto apenas o item II
c) se estiver correto apenas o item III
d) se estiverem corretos os itens I e II
e) se estiverem corretos os itens II e III
148.
I - A partir de hoje, os funcionários que virmos fora do ambiente de trabalho serão demitidos.
II - A fim de que ele reavenha o tempo perdido, é necessário que os amigos o ajudem.
III - Os pacientes se entreteram a olhar a paisagem e não viram a noite chegar.
149.
I - Para que nós requeiramos a recompensa, será preciso que vocês nos ajudem.
II - O livro só foi impresso após a autorização de todos os diretores da gráfica.
III - Se ele não entrever nossas dificuldades, o recurso é não o acompanhar.
150.
I - O bêbado que descompor nossos amigos será convidado a retirar-se.
II - Alguns alunos haviam trazido a notícia de que não haverá recesso na próxima semana.
III - É bem provável que agora eles nomeiem a pessoa certa para o cargo.
151. (TRE-RJ) "E quando os mórmons se viram frente ao problema de povoar um deserto, não hesitaram em sancionar a poligamia." Das sentenças abaixo, construídas com verbos derivados de ver, aquela cuja lacuna se completa corretamente com a forma entre parênteses é:
1. Os mórmons ....... as dificuldades a serem enfrentadas. (anteveram)
2. Quando os mórmons ....... as dificuldades a enfrentar, agem corajosamente. (entrevêm)
3. Os mórmons já se tinham ...... dos recursos necessários para seguir para o deserto. (provisto)
4. Se os mórmons ....... as dificuldades que enfrentariam, talvez tivessem desistido. (prevessem)
5. Sempre que os mórmons ....... a história da colonização do deserto, sentir-se-ão honrados. (revirem)
152. (TRE-RO) Assinale a única opção em que o verbo não se encontra na voz passiva:
a) Far-se-ão registros e títulos eleitorais.
b) O cabo eleitoral e o candidato elogiaram-se durante a votação.
c) Apuraram-se rapidamente os votos daquela região.
d) Em outras épocas já se fizeram experiências semelhantes.
e) Ouvia-se do lado de fora o sussurro dos eleitores.
153. (TRE-RO) Observe a frase: Se tu ....... que os eleitores chegam para votar, ....... a porta e .......... -os entrar.
a) veres / abre / deixa d) vires / abre / deixa
b) veres / abra / deixe e) virdes / abri / deixai
c) vires / abra / deixa
154. (FUVEST) Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale a alternativa em que ela foge às normas da língua escrita padrão:
1. A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante.
2. Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver o domínio das regras de sintaxe.
3. O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram introduzidos no currículo.
4. O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um Simpósio Nacional para discutir o assunto.
5. Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo lingüístico, todos teremos liberdade de expressão.
155. (FUVEST) "A ferida foi reconhecida grave. " A transposição acima para a voz ativa está corretamente indicada em:
a) Reconheceu-se a ferida como grave.
b) Reconheceu-se uma grave ferida.
c) Reconheceram a gravidade da ferida.
d) Reconheceu-se que era um ferida grave.
e) Reconheceram como grave a ferida.
156. (TRE-RJ) Alguns tempos do modo indicativo podem ser utilizados com valor imperativo. Está neste caso o verbo sublinhado na seguinte alternativa:
a) Não matarás, diz a Biblía.
b) Faça logo esse serviço!
c) Saiam logo depois do sinal.
d) Prestem atenção ao que foi dito.
e) Não desçam correndo a escada.
157. (TRE-RJ) A alternativa que não apresenta perfeita concordância quanto à conversão da voz ativa para passiva é:
a) Viram-me. / Fui visto.
b) Vamos fazer a lição. / A lição vai ser feita por nós.
c) Abri o caderno. / O caderno tem sido aberto por mim.
d) Devemos preparar tudo. / Tudo deve ser preparado por nós.
e) Meu amigo fazia os trabalhos. / Os trabalhos eram feitos por meu amigo.
158. (TRE-RJ) A alternativa correta quanto à conjugação do verbo sublinhado é:
a) A chegada do projeto detive os políticos.
b) Os políticos desaviram-se por causa das emendas.
c) A comissão de juristas antevira as sugestões animadoras.
d) A emenda contêm margem de fraudes de difícil apuração.
e) O ministro solicitou que o Congresso proposse na decisão.
159. (TRE-RJ) Está correta a forma verbal grifada na seguinte frase:
a) Só poderemos opinar sobre o filme, se o vermos.
b) Os guardas intervieram na luta entre os assistentes.
c) Os policiais mantiam os ladrões sob a mira dos revólveres.
d) Nós passeiávamos diariamente pelas principais praças da cidade.
e) Embora ele seje considerado inteligente raramente faz boas provas.
160. (TRE-RJ) A frase que apresenta erro quanto à conjugação do verbo é:
a) A Justiça Eleitoral compôs com cidadãos as mesas de votação.
b) A Justiça Eleitoral comporia com cidadãos as mesas de votação.
c) A Justiça Eleitoral compusera com cidadãos as mesas de votação.
d) A Justiça se fará quando a Justiça Eleitoral compor com cidadãos as mesas de votação.
e) A Justiça se fará quando a Justiça Eleitoral compuser com cidadãos as mesas de votação.
(TRE-MG) Tendo em vista a flexão dos verbos sublinhados, responda às questões 161 e 162, assinalando para cada questão:
a) se os itens I, II e III estiverem incorretos
b) se apenas os itens I e III estiverem incorretos
c) se apenas os itens II e III estiverem incorretos
d) se apenas o item I estiver incorreto
e) se apenas o item II estiver incorreto
161.
1. Para que não agridamos as pessoas mais próximas, a empresa contratou um psicólogo.
2. O exercício que eu refazer em casa será cobrado, mais tarde, em outra avaliação.
3. Talvez a professora anseie por uma medida que não implique sua demissão.
162.
1. Apesar das informações, acredito que ele possue as qualidades necessárias para ocupar o cargo.
2. Só requeiro um emprego melhor, casa haja apoio total de meus familiares.
3. É possível que estejem preocupados com o resultado das eleições passadas.
163. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro na forma verbal:
a) Os brasileiros mantêm opiniões divergentes a respeito destes assuntos.
b) Nem todos crêem nos resultados de certas pesquisas.
c) Pessoas treinadas intervêm positivamente para dar esclarecimentos.
d) Os recenseadores revêem as respostas dos questionários.
e) Muitos entrevistadores provêem de lugares distantes do país.
164. (CEETEPS) A eletricidade era empregada para acender lâmpadas. Redigiu-se, de outra forma, a frase acima. Assinale a alternativa em que se verifica uma perfeita correspondência entre as duas formas de redação:
a) Empregou-se a eletricidade para acender lâmpadas.
b) A eletricidade poderia ser empregada para acender lâmpadas.
c) Empregava-se a eletricidade para acender lâmpadas.
d) Para acender lâmpadas, emprega-se a eletricidade.
e) A eletricidade será empregada para acender lâmpadas.
165. (CEETEPS) "Ouviam-se os apitos." Substituindo-se o sujeito "apitos" pelo correspondente singular "apito", obtém-se:
a) Ouviam o apito. d) Ouviram o apito.
b) Ouvia o apito. e) Ouvia-se o apito.
c) Ouvi o apito.
166. (CEETEPS) "O controle de várias formas de energia deu ao homem um enorme poder..." No trecho acima, o verbo "dar" pode causar a impressão de que o homem é um ser passivo. Na realidade, porém, sabe-se que o homem procura ser agente. Que alternativa mostra mais claramente o caráter ativo do homem?
1. O controle de várias formas de energia concedeu ao homem um enorme poder.
2. Ao homem foi dado poder pelo controle de várias formas de energia.
3. O homem conquistou um enorme poder com o controle de várias formas de energia.
4. Deu-se ao homem um enorme poder de controlar várias formas de energia.
5. O homem herdou o controle de várias formas de energia.
167. (FATEC) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: .........., entre analistas políticos que, se o governo .......... essa política salarial e se o empresariado não ......... as perdas salariais, .......... sérios problemas estruturais a serem resolvidos e, quando os sindicatos .......... estará instalado o caos total.
a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem
b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem
c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem
d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem
e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem
168. (FCL-BRAGANÇA) Transpondo para a voz ativa a frase "As testemunhas seriam ouvidas pelo corregedor", obtém-se a forma verbal:
a) irão ser ouvidas d) deviam ser ouvidas
b) estaria ouvindo e) vai ouvir
c) ouviria
169. (UF-MG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida pelo verbo indicado entre parênteses, no subjuntivo, exceto em:
a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe .......... a porta. (abrir)
b) Por que foi que aquela criatura não .......... com franqueza? (proceder)
c) É preciso que uma pessoa se .......... para encurtar a despesa. (trancar)
d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus .......... . (querer)
e) Se isso me ......... possível, procuraria a roupa. (ser)
170. (UE PONTA GROSSA-PR) Nesse fragmento poético: "Cantando espalharei por toda parte / Se a tanto me ajudar o engenho e arte", encontram-se, respectivamente, formas verbais nominais:
a) participial e infinitiva d) infinitiva e gerundial
b) gerundial e infinitiva e) gerundial e participial
c) infinitiva e participial
171. (MACK)
I - Embora o jogo estivesse monótono, a torcida se exaltou muito;
II - O torcedor gritou tanto que ficara rouco;
III - É preciso que se evita gritar muito. Com relação ao uso dos tempos verbais:
a) somente a I está adequada
b) I, II e III estão adequadas
c) somente a II está adequada
d) somente a I e III estão adequadas
e) I, II e III estão inadequadas
172. (UC-PR) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
1. O intruso já tinha sido .......... . 2. Não sabia se já haviam .......... a casa.
3. Mais de uma vez lhe haviam .......... a vida. 4. A capela ainda não havia
sido .......... .
a) expulsado, coberto, salvo, benzida
b) expulso, cobrido, salvo, benzida
c) expulsado, cobrido, salvado, benta
d) expulso, coberto, salvado, benta
e) expulsado, cobrido, salvo, benzida
173. (MACK) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase: "Quando .......... mais aperfeiçoado, o computador certamente .......... um eficiente meio de controle de toda a vida social."
a) estivesse - será d) estivesse - era
b) estiver - seria e) estiver - será
c) esteja - era
174. (TTN) Na resposta de um médico a seu paciente, há erro do emprego verbal. Assinale-o: - Doutor, eu preciso tomar o remédio?
a) Convém que você o tome.
b) Se você tomar o remédio, sarará mais rapidamente.
c) É preciso que você tome o remédio.
d) Tome o remédio por mais uma semana.
e) É bom que você toma o remédio.
175. (TTN) Marque a frase em que o verbo está empregado no futuro do pretérito (Frases extraídas da Folha de SP, 05/10/89):
1. "O exército dos EUA em horas poria Noriega para fora do Panamá".
2. "Em Santa Catarina, as concessionárias de transportes coletivos tiveram seus contratos prorrogados sem a necessidade de novas licitações".
3. "Um dos 84 deputados estaduais vai estar ausente da assinatura da Constituição Paulista".
4. "A campanha de Brizola vai entrar em crise daqui a alguns dias".
5. "A visita de Gorbatchev poderá causar manifestações políticas".
176. (TTN) Assinale a alternativa que apresenta incorreção verbal:
1. Observa-se que muitos boatos provêm de algumas pessoas insensatas.
2. Se você quiser reaver os objetos roubados, tome as providências com urgência.
3. Prevendo novos aumentos de preços, muitos consumidores proveram suas casas.
4. O Ministro da Fazenda previu as despesas com o funcionalismo público, em 1989.
5. No jogo de domingo, quando o juiz interviu numa cobrança de falta, foi inábil.
177. (TTN) Assinale a sentença que contém erro na forma verbal:
1. "Examinai todas as coisas e retende o que for melhor". (Extraído de um marcador de páginas)
2. Detenhamo-nos nos aspectos centrais do pensamento marxista para que saibamos extrair dele o que melhor se aproveita para os dias atuais.
3. Para que elaboremos propostas inovadoras, é preciso que ponhamos nossa criatividade a serviço da geração de idéias inusitadas.
4. Mas não caiamos na tentação de julgar todos os dirigentes políticos como se fossem uns aproveitadores, que usam os cargos apenas para se locupletarem.
5. Se almejardes o saber, vades aos livros e conviveis com os sábios.
178. (AFTN) Indique o período correto:
a) Se você reaver seus cruzados retidos, empreste-me algum dinheiro.
1. Se tu reaveres teus cruzados retidos, poderás me emprestar uma parte?
2. Caso você reaveja seus cruzados retidos, pode emprestar-me uns cem mil?
3. Se eu reavesse meus cruzados retidos, emprestar-te-ia uma parte.
4. Todos neste país reaveremos os cruzados bloqueados, nos prazos estipulados pela lei.
179. (UF-MG) Em todas as frases, os verbos estão na voz ativa, exceto em:
1. Ele, que sempre vivera órfão de afeições legítimas e duradouras, como então seria feliz!...
2. O quinhão de ternura que a ela pretendia, estava intacto no coração do filho.
3. Os dois quadros tinham sido ambos bordados por Mariana e Ana Rosa, mãe e filha.
4. E dizia as inúmeras viagens que tinha feito até ali; contava episódios a respeito do boqueirão.
5. Sobre a banca de Madalena estava o envelope de que ele tinha falado
180. (PUC-RJ) "Se eu soubesse ... não tinha aceitado! Indique a opção em que o verbo está flexionado no mesmo tempo, modo e voz de tinha aceitado:
a) "Desse lado do sobrado apoiava-se a uma escarpa da colina. (...)"
b) "Se não fosse isso teria eu vindo?"
c) "(...) como uma riqueza que Deus dá para ser prodigalizada".
d) "(...) nunca a palavra amor fora proferida em referência a nós".
e) "(...) e assumira para comigo o despotismo da mulher amada com paixão".
GABARITO:
VERBOS IMPESSOAIS
1. O certo é 'Choveram (...) pedras de gelo'
2. O verbo fazer não tem sujeito ao indicar fenômeno da natureza.
3. Pois haver é impessoal, devendo ficar na terceira pessoa do singular, ao significar existir ou acontecer.
4. O certo é 'Há um ano...' ou 'Um ano atrás...'
5. A frase está correta
6. A frase está correta. Também poderia ser 'É dois de agosto'
7. A frase está correta
8. A frase está correta
9. O certo é 'Pode haver modificações', pois haver é impessoal, devendo ficar na terceira pessoa do singular, ao significar existir ou acontecer. Em uma locução verbal, o auxiliar também ficará na terceira pessoa do singular
10. O certo é 'Mistérios sempre hão de surgir', pois, nesse caso, haver não é impessoal
IMPERATIVO
1. A frase está escrita corretamente.
2. O correto é: 'Traze-me tudo o que tiveres sobre o assunto' ou 'Traga-me tudo o que tiver sobre o assunto'
3. A frase está escrita corretamente.
4. O correto é: 'Não me deixe, por favor! Eu a amo muito' ou 'Não me deixes, por favor! Eu te amo muito'
5. O correto é: 'Presta atenção à aula, menino, senão não aprenderás nada' ou 'Preste atenção à aula, menino, senão não aprenderá nada'
6. O correto é: 'Já lhe disse várias vezes: Cale a boca!' ou 'Já te disse várias vezes: Cala a boca!'
7. O correto é: 'Venha para cá, Charlene. Você não se arrependerá' ou 'Vem para cá, Charlene. Tu não te arrependerás'
8. A frase está escrita corretamente.
9. Errada: Não me faça (você) ficar te esperando muito tempo!
10. A frase está escrita corretamente.
VERBOS TER, PÔR, VIR E VER
1. B / 2. B / 3. C / 4. A / 5. C / 6. C / 7. A / 8. A / 9. A / 10. C
VERBOS
1-B / 38-C / 75-A / 112-E / 149-D /
2-C / 39-C / 76-A / 113-D / 150-E /
3-E / 40-B / 77-A / 114-E / 151-E /
4-C / 41-C / 78-B / 115-C / 152-B /
5-B / 42-E / 79-D / 116-D / 153-D /
6-B / 43-C / 80-E / 117-B / 154-E /
7-E / 44-B / 81-B / 118-A / 155-E /
8-E / 45-B / 82-E / 119-B / 156-A /
9-B / 46-D / 83-C / 120-B / 157-C /
10-A / 47-C / 84-D / 121-A / 158-C /
11-E / 48-B / 85-C / 122-D / 159-B /
12-E / 49-A / 86-B / 123-A / 160-D /
13-C / 50-E / 87-D / 124-D / 161-E /
14-C / 51-A / 88-E / 125-B / 162-B /
15-E / 52-C / 89-D / 126-E / 163-E /
16-D / 53-C / 90-D / 127-D / 164-C /
17-E / 54-E / 91-C / 128-B / 165-E /
18-D / 55-D / 92-B / 129-E / 166-C /
19-C / 56-B / 93-E / 130-E / 167-D /
20-B / 57-C / 94-E / 131-D / 168-C /
21-B / 58-B / 95-D / 132-A / 169-B /
22-E / 59-E / 96-D / 133-B / 170-B /
23-E / 60-C / 97-A / 134-D / 171-A /
24-D / 61-A / 98-D / 135-D / 172-D /
25-E / 62-B / 99-C / 136-C / 173-E /
26-E / 63-A / 100-B / 137-C / 174-E /
27-B / 64-D / 101-C / 138-A / 175-A /
28-E / 65-D / 102-D / 139-D / 176-E /
29-E / 66-A / 103-E / 140-B / 177-E /
30-D / 67-D / 104-D / 141-D / 178-E /
31-E / 68-D / 105-E / 142-B / 179-D /
32-C / 69-C / 106-D / 143-B / 180-E /
33-B / 70-B / 107-D / 144-B /
34-E / 71-C / 108-D / 145-C



Profª. Gizeli Gondim
www.gizeli.tk